Fiscalização ocorreu após uma denúncia ser feita ao TCE. Foram encontrados pacientes sendo atendidos em locais impróprios, como corredores. Hospital João Paulo II em Porto Velho
Secom
Durante uma vistoria realizada no Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, na madrugada de sexta-feira (26), auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO) constataram graves problemas no hospital, incluindo a ausência de profissionais para atendimento, falta infraestrutura e uma longa fila de espera.
A fiscalização ocorreu após uma denúncia ser feita ao TCE. O órgão tem feito fiscalizações permanentes nas unidades de saúde da capital e interior para melhorar o atendimento à população.
Segundo o TCE, durante a inspeção foram encontrados pacientes que esperavam há quase 24 horas por uma prescrição médica, sem qualquer amparo, explicação ou orientação.
Fiscalização ocorreu após uma denúncia ser feita ao TCE
Tribunal de Contas do Estado
Outro problema encontrado foi a escala de plantonistas. Os fiscais tiveram dificuldade para encontrar a relação de profissionais que estavam agendados para o plantão. Além disso, um profissional de saúde que esta sobreaviso não atendeu ao chamado quando foi acionado pela equipe do hospital.
De acordo com o TCE, as alas estavam lotadas e alguns dos pacientes estavam recebendo acompanhamento médico em lugares impróprios, como corredores da unidade.
Questões como a superlotação de pacientes, as condições precárias de atendimento e a falta de infraestrutura já foram identificadas várias vezes, incluindo em inspeções realizadas em 2023 pelo Ministério Público de Contas (MPC-RO) e pelo TCE-RO.
Se os problemas no hospital não forem resolvidos, o Tribunal de Contas pode responsabilizar os gestores "ausentes", como a direção do hospital e o titular da Secretaria Estadual de Saúde. Além de multas e outros tipos de punições.
O g1 entrou em contato com a Secretária de Saúde de Rondônia (Sesau), mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.