A paciente está em coma induzido em uma UTI (unidade de tratamento intensivo), no hospital geral Associação de Caridade Santa Casa, sem previsão de alta até os próximos 15 dias, de acordo com laudo divulgado nesta segunda-feira (11). Ela sofreu graves queimaduras no queixo, braços, seios e mãos, mas não corre risco de vida.
Jaqueline é a quarta indígena a se formar em direito pela Furg (Universidade Federal de Rio Grande), sendo a primeira mulher indígena a ocupar a coordenação-geral do DCE (Diretório Central de Estudantes) da universidade.
Ela também é integrante da Upei (União Plurinacional dos Estudantes Indígenas), que luta pelo acesso e permanência de indígenas em universidades de todo o Brasil.
Testemunha do acidente, a estudante de direito da Furg Mara Rodrigues, 24, também indígena da etnia kaingang, disse que a noite que deveria ser de comemoração virou um pesadelo.
Amiga da vítima, ela afirmou que o restaurante não prestou assistência para a Jaqueline e nem para a garçonete, que também ficou ferida. Segundo Mara, ambas foram levadas ao hospital pelos clientes.
"A garçonete estava pressionando a garrafa de álcool em gel e, quando ela foi acender a chapa do fondue, explodiu. Foi em questão de segundos. Quando virei o rosto, vi minha amiga [Jaqueline] em chamas, desesperada. O fogo também atingiu a mãe dela e incendiou mesa", contou Mara.
A Folha tentou contato com o restaurante e não teve retorno. Nas redes sociais, o restaurante Le Petit divulgou uma nota expressando preocupação e pesar em relação ao incidente, pediu desculpas às vítimas e informou que presta assistência para as duas.
"Estamos no mercado desde 2009, sem nenhuma ocorrência, pois utilizamos materiais adequados. Estamos trabalhando diligentemente para entender a causa exata e implementar medida preventiva para garantir que tal fato não aconteça novamente", diz trecho da nota.
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Fonte: noticias ao minuto