Em nota oficial, associação dos árbitros chamou afirmações de "irresponsáveis e levianas" Em atualização
A declaração de John Textor, sócio majoritário da SAF Botafogo, de que teria gravações de árbitros reclamando por não ter recebido propina reverberou na Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF).
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A entidade divulgou uma nota oficial rebatendo as afirmações do americano. No texto, classificou a fala como "irresponsável e leviana" e disse que o empresário abriu uma "guerra" contra a arbitragem brasileira.
- Se John Textor não provar o que disse, ele tem que ser banido do futebol brasileiro! Não há outro caminho e, diante do que ele disse, as instituições precisam agir - completou o texto.
John concedeu entrevista na última quarta-feira após a vitória do Botafogo sobre o Bragantino por 2 a 1 na terceira fase da Conmebol Libertadores e afirmou ter áudios gravados de árbitros reclamando por não ter recebido propina.
- Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas... Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas.
Textor responde a processo judicial movido pelo presidente da CBF Ednaldo Rodrigues por conta das declarações dadas após a derrota por 4 a 3 para o Palmeiras.
John Textor Crystal Palace
Getty Images
Confira a nota na íntegra
"Acusações de John Textor contra a arbitragem brasileira são irresponsáveis e levianas
A ANAF - Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, repudia com veemência as acusações infundadas e totalmente descabidas do empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo, que sabe-se lá por que não de hoje abriu "guerra" contra a arbitragem brasileira.
Questionar a atuação dos árbitros no campo de jogo por uma falta não marcada, um pênalti deixado de ser assinalado ou uma advertência aplicada de maneira equivocada é uma coisa, afinal de contas somos seres humanos. Agora, dizer que na arbitragem brasileira há árbitros que se "vendem", é uma acusação gravíssima que põe em xeque não só a categoria, como também toda a estrutura da CBF.
"SE JOHN TEXTOR NÃO PROVAR O QUE DISSE, ELE TEM QUE SER BANIDO DO FUTEBOL BRASILEIRO! NÃO HÁ OUTRO CAMINHO E, DIANTE DO QUE ELE DISSE, AS INSTITUIÇÕES PRECISAM AGIR".
É inaceitável que um dirigente responsável por um dos mais importantes clubes do futebol nacional tome uma atitude pequena e lamentável como essa. Como representante legítima dos árbitros, a ANAF vai tomar todas as ações necessárias para que ele possa esclarecer suas declarações e iremos buscar todos os meios para que esse péssimo exemplo não se repita.
A arbitragem brasileira é formada por homens e mulheres de bem! E John Textor deveria ao invés de atacá-la, trabalhar e cobrar da CBF sua profissionalização. Isso é melhor do que falar besteiras, sem provas, na imprensa.
Salmo Valentim
Presidente da ANAF"
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