Local foi fechado para obras em 2021. Reforma da estrutura foi orçada em R$ 276,9 mil. Escola de Música Jorge Andrade
Thiago Frota/ Rede Amazônica
A reforma da Escola Municipal de Música Jorge Andrade, em Porto Velho, programada para ser concluída há quase três anos, ainda não foi finalizada e segue sem prazo para ser entregue.
O prédio, localizado na Avenida Abunã, zona central da capital, ainda não é canteiro de obras e encontra-se coberto pelo mato.
Estrutura, que era para ser entregue em 2021.
Thiago Frota/ Rede Amazônica
A escola foi inaugurada em 1988 e nunca passou por uma revitalização. Com a estrutura apresentando problemas, a instituição foi realocada para um prédio alugado em agosto de 2019, com a promessa de que a sede seria reformada.
A ordem de serviço para a revitalização do espaço foi assinada em junho de 2020, pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). O contrato tinha duração de 12 meses e a a obra foi orçada em R$ 276,9 mil.
No entanto, após 4 anos desde a formalização do contrato, a estrutura segue abandonada e as obras não tiveram início.
Moradores que vivem na região relatam apreensão com o abandono do local, já que, durante a temporada de chuvas, o edifício pode estar servindo como criadouro de mosquitos transmissores da dengue, por causa do acúmulo de lixo.
Edifício foi invadido por pessoas em situação de rua
Thiago Frota/ Rede Amazônica
Lixo acumulado na parte externa da escola municipal de música
Thiago Frota/Rede Amazônica
A Escola Jorge Andrade foi a primeira escola pública de música de Rondônia. A unidade oferece cursos de contrabaixo, teclado, piano, violão popular, violão clássico, bateria, guitarra, saxofone, flauta transversal, canto coral, musicalização infantil e juvenil e teoria musical.
O que diz a Prefeitura?
Em 2021, o g1 questionou a prefeitura sobre o início da reforma na unidade, que na ocasião, já se passavam 10 meses desde a assinatura da ordem de serviço.
Na época, a administração municipal informou que após o processo licitatório para as obras, a empresa vencedora identificou, em 2020, comprometimentos estruturais adicionais no prédio, exigindo um aditivo de valor.
Escola de Música Jorge Andrade está com a área externa tomada por mato em 2021
Diêgo Holanda/G1
Este ajuste, porém, ultrapassou o limite legal, resultando na necessidade de um novo processo licitatório para redefinir o escopo da obra. Na ocasião, a Semed afirmou estar iniciando um novo procedimento licitatório para realizar os ajustes necessários.
O g1 e a Rede Amazônica questionaram a prefeitura de Porto Velho sobre o processo licitatório e as reformas do local, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.