Em 2012, volante fez parte do elenco palmeirense campeão da Copa do Brasil sobre o Coritiba Reforço do Operário-PR para 2024, João Denoni falou ao ge sobre a carreira. Formado pelo Palmeiras, o volante de 29 anos tem boas lembranças daquele tempo, principalmente quando subiu ao time profissional e fez parte do elenco palmeirense campeão da Copa do Brasil 2012, em final contra o Coritiba.
— A lembrança mais marcante da minha carreira é de quando eu subi para o profissional. Foi tudo muito rápido. Eu era muito jovem ainda e, naquele momento, quem me deu oportunidade foi o Felipão, ao lado de grandes jogadores, como Valdívia e Marcos Assunção. Foi uma experiência que ficou marcada. Eu nunca vou esquecer as primeiras oportunidades e os primeiros treinos ali. Foi o começo de tudo — afirmou o jogador.
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Natural do interior de São Paulo, João Denoni vivenciou um outro período de formação no Palmeiras. Se hoje o clube é referência nas categorias de base, com nomes como Endrick, Luis Guilherme e Estevão, há pouco mais de uma década o cenário era outro.
— O Palmeiras hoje é totalmente diferente em termos de estrutura e organização. O Palmeiras não dava essa mesma valorização para a base. Quando eu comecei, nos primeiros jogos nosso time oscilava muito. Logo depois tivemos a troca de comando da direção e isso mudou totalmente o foco da base. Trouxeram caras mais experientes e eu acabei perdendo espaço. Achei que era uma boa ser emprestado — destacou Denoni.
Gratidão pelos ensinamentos de Felipão
Um dos treinadores de João Denoni no time profissional do Palmeiras foi Luis Felipe Scolari. Então com 18 anos, o volante lembra das broncas do experiente comandante, mas reconhece que foi um período muito importante e que contribuiu bastante na formação como atleta profissional.
— Toda vez que eu vejo o Felipão sempre agradeço por tudo que ele fez por mim. Foi ele quem viu o meu potencial.
— Sempre fui um menino bem aplicado, e acho que foi disso que ele gostou. Quando Felipão começou a me dar as oportunidades, foi a fase em que mais evolui na minha carreira. Eu era muito cobrado por ele e pela comissão, e depois de um tempo eu entendi que era realmente para que eu evoluísse — disse.
João Denoni tenta ressurgir no Operário-PR
Victoria Sellares/ OFEC
Foco em 2024 no Operário-PR
Além do Palmeiras, João Denoni tem passagens por clubes como Vitória-ES, Red Bull Bragantino, Ituano, Oeste, Atlético-GO, Mirassol, Aimoré, Manaus e Maringá. O presente do jogador, porém, é o Operário-PR. No novo time, o volante espera alcançar os objetivos em 2024.
— Fico feliz por ter alcançado o nível que eu estou hoje, no Operário. Estou de volta a um clube estruturado, com história, e que alcançou a Série B agora. Estou muito satisfeito com o que eu conquistei. Demorou um pouquinho mais do que eu esperava mas no futebol as coisas não acontecem como a gente quer. Às vezes a gente quer um pouquinho mais rápido. Serviu de experiência. Joguei Série D, Série C, Copinhas, e até fiquei um tempo em casa esperando as coisas acontecerem. Esta é a retomada da minha carreira. Espero que consiga colocar grandes conquistas numa prateleira junto com o Operário — completou.
OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA:
COMEÇO NO PALMEIRAS
— Quando o Palmeiras conquistou a Copa do Brasil eu tinha acabado de subir. Estava começando a conhecer o grupo e naquela expectativa. Estava com jogadores que eu sempre vi na televisão e que pareciam tão distantes, mas a partir daquele momento seriam meus companheiros. Eu era muito jovem, e o time estava bem fechado e focado naquela na Copa do Brasil. Lembro que enfrentamos vários adversários aqui do Paraná. O Palmeiras foi ganhando forma, começou a acreditar.
DISPUTA POR ESPAÇO
— Eu não tive muita participação em campo na Copa do Brasil. Minhas primeiras oportunidades vieram no Brasileiro. E na Série B foi eu acabei não tendo espaço, jogava alguns jogos. No Paulista eu joguei bastante e na Libertadores jogava o time mais experiente. Quando começou o Brasileirão eu estava ali no banco como opção, e quando a equipe saiu da Libertadores o pessoal mais experiente começou a vir pra Série B. Acompanhei de longe a conquista. Mas foi sensacional, tivemos altos e baixos. A organização acabou pecando um pouco.
Em 2019, João Denoni defendeu o Mirassol
Marcos Freitas/Mirassol FC
EMPRÉSTIMOS
— Acabei indo por empréstimo para clubes com pouca estrutura, pensando em ganhar números. Consegui, em alguns clubes fui bem. O Palmeiras me chamou de novo em 2015 para fazer toda a pré-temporada, mas acabei não sendo inscrito e fui emprestado novamente. Isso trouxe uma instabilidade para mim como jogador. Mas consegui começar a ganhar números e experiência, estava sempre jogando Série B e sempre jogando no campeonato paulista, que é um campeonato muito forte. Eu era um jogador jovem, então juntou o útil agradável: eu precisando jogar e ganhar números, o Palmeiras querendo me dar experiência, e os clubes também apostando em mim.
LESÃO NO JOELHO
— O que me atrapalhou, um pouco mais tarde, foi a lesão no joelho. Eu vinha numa sequência muito boa, jogando Série B. Eu tive que interromper a carreira. Na minha volta, em 2018, comecei lá de baixo. Desde 2018 eu venho jogando as últimas categorias do Campeonato Brasileiro. Sai totalmente do cenário e coloquei na cabeça que eu precisaria começar a caminhar tudo de novo. Dessa vez eu não tive o auxílio do Palmeiras, não tinha empresário, não tinha auxílio de praticamente ninguém. Estava reconstruindo uma carreira com 24 anos. Hoje olho para mim e me vejo vitorioso.
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