Em meio ao calendário apertado, delegação foi ao Oriente Médio em 1992 e teve bagagem extraviada na escala que fez para chegar ao país; clube recebeu 50 mil dólares pela excursão A semifinal do Mundial de Clubes entre Fluminense e Al Ahly, às 15h (de Brasília) desta segunda-feira, não será o primeiro jogo da história tricolor na Arábia Saudita. Há 31 anos, o time jogou no maior país do Oriente Médio contra a seleção local vestindo o segundo uniforme do país que visitava, porque teve a bagagem extraviada na conexão que fizera em Roma.
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A breve excursão tricolor para a Arábia em outubro de 1992 era para enfrentar a seleção saudita, comandada por Nelsinho Rosa, ex-técnico do próprio clube. O Fluminense recebeu 50 mil dólares na época (equivalente a cerca de R$ 540 mil hoje) para as duas partidas, mas não conseguiu mandar os melhores jogadores para o Oriente Médio.
Isso porque o time passava por uma maratona de jogos. Para se ter uma noção, antes da viagem, o Fluminense tinha atuado cinco vezes em oito dias, enfrentando times pelo Campeonato Carioca e até um amistoso diante da seleção de Ilhéus.
Além da questão financeira, a viagem para a Arábia surgiu como possibilidade de o técnico Sérgio Cosme recuperar jogadores que ficaram no departamento médico tricolor no Rio de Janeiro. Porém, a viagem e as partidas em si também eram desgastantes. Diferentemente de 2023, o Fluminense precisou encarar um voo com escala, que durou mais de 24 horas para ir e outras 20 para voltar.
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Jornal O Globo relatando as trapalhadas da viagem do Fluminense para a Arábia Saudita em 1992
Reprodução/Acervo O Globo
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Só o primeiro jogo contra a seleção saudita foi com o segundo uniforme do país. Em campo, o Fluminense foi derrotado por 2 a 1, tendo que atuar com 16 pares de chuteiras recém-comprados, já que os calçados dos jogadores também foram extraviados. À delegação tricolor restava a roupa do corpo.
No segundo duelo, já com uniforme e chuteiras recuperadas, o atacante Vágner fez dois gols contra, um a favor e o Fluminense perdeu por 2 a 1. No jornal O Globo da época, o repórter Marcos Penido relatou as peripécias da passagem tricolor em solo saudita.
- Como a bagagem extraviara em Roma, os organizadores da aventura tricolor recorreram à improvisação. Pior para o técnico Sérgio Come - ou 'Sérgio Paixão', como ficou conhecido. Foi obrigado a revezar as roupas com o preparador físico Paulo Paixão. A ponto de a televisão árabe mostrar Paulo como o técnico do time.
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Fluminense e Al Ahly (Egito) se enfrentam nesta segunda-feira, às 15h (de Brasília), pela semifinal do Mundial de Clubes. Quem vencer enfrenta o ganhador de Manchester City (Inglaterra) x Urawa Reds (Japão). Em caso de empate, a decisão será na prorrogação e seguirá para os pênaltis se permanecer a igualdade. Final e disputa de terceiro lugar serão na sexta-feira.
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