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Esporte

Após vice da Libertadores, Boca Juniors vive eleições conturbadas com Riquelme e Macri

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Eleições do clube ocorrem neste domingo, com disputa entre ídolo e ex-presidente da Argentina Derrota na final para o Fluminense, demissão de treinador, sem vaga para a próxima Libertadores... o cenário do Boca Juniors não poderia ficar mais caótico. Em meio a todos os acontecimentos deste final de ano, o clube argentino ainda enfrentará eleições - que já foram adiadas – neste domingo, dia 17. De um lado, Juan Román Riquelme, ídolo "xeneize" e membro da atual gestão. Do outro, Andrés Ibarra, que tem Mauricio Macri, ex-presidente da equipe e da Argentina, como vice. O eleito neste dia 17 ficará no cargo até 2027.

Boca Juniors terá Riquelme contra Andrés Ibarra e Mauricio Macri

Infoesporte

Títulos nacionais, medalhões e vice da Libertadores marcam a gestão Riquelme

Riquelme é o nome da situação. A história feita como ídolo do Boca Juniors no gramado pesa para o atual vice-presidente de futebol, no cargo desde 2019. Como dirigente, porém, conta com muitas dúvidas ainda, principalmente na gestão do elenco.

Foi sob o comando de Riquelme que o Boca perdeu ativos do clube sem custos. Um dos principais casos é o do meia Agustín Almendra recebeu uma proposta de 20 milhões de dólares da Europa, mas a oferta foi rejeitada pelo "bosteros". O jogador não renovou e deixou o clube de graça para fechar com o Racing. Além dele, Eduardo Salvio, do Pumas, e Cristian Pavón, do Atlético-MG, também saírem do time da mesma forma.

Torcedores do Boca foram à Bombonera com máscaras do ídolo Riquelme

getty images

O Boca, porém, também conseguiu lucrar com a venda de jovens jogadores. O atacante Mateo Retegui passou por uma série de empréstimos antes de ser negociado com o Genoa, da Itália, por 12 milhões de euros (R$ 63,7 milhões). Alan Varela, volante, era parte essencial do time titular, mas acertou com o Porto por 8 milhões de euros (R$ 42,5 milhões) e variáveis de 3 milhões de euros (R$ 16 milhões).

Apesar dos problemas, as taças chegaram em La Bombonera. Desde 2019, foram duas edições do Campeonato Argentino, duas da Copa da Liga e uma Copa Argentina durante a gestão de Riquelme como vice de futebol. Na Libertadores, a melhor campanha desde o vice para o River em 2018 chegou em 2023.

A aposta do Boca foi na mistura da experiência, representada pelo atacante uruguaio Edinson Cavani, com a juventude, simbolizada por Valentín Barco, promessa do clube. O desempenho na Libertadores não foi dos melhores, defesas heroicas do goleiro Sergio Romero nos pênaltis levaram o time à final da competição, contra o Fluminense. O Tricolor foi superior na decisão e deixou os argentinos com mais um vice. Como se a derrota na final não fosse suficiente, o Boca Juniors termina 2023 sem vaga para a próxima edição da Libertadores. Na sétima colocação do Campeonato Argentino, os xeneizes ficam com a Sul-Americana para 2024.

Cavani Fluminense x Boca Juniors

Ricardo Moraes/Reuters

O cenário do final de 2023 é devastador para o Boca Juniors. Com tantas derrotas, a gestão de Riquelme não poderia ter um momento pior para a eleição. O pleito, que era para acontecer no dia 2 dezembro, foi alterado para o dia 3. Uma outra mudança levou para o dia 12 e, por fim, para o dia 17.

Com Macri de vice, Andrés Ibarra promete nova Bombonera

Andrés Ibarra promete uma "era de ouro" para o Boca Juniors e tem o projeto de um estádio de 390 milhões de dólares (R$ 1,9 bilhões) como a maior promessa de campanha. A "Bombobera Século XXI" é apenas um dos nomes de impacto da chapa, que conta com Mauricio Macri, ex-presidente do clube e da Argentina, como vice.

Andrés Ibarra (esq) e o ex-presidente da Argentina (2015 a 2019) e do Boca Juniors (1995 a 2007), Mauricio Macri

Juan Ignacio Roncoroni/EFE

Macri foi presidente do Boca Juniors entre 1995 e 2007, período que o clube conquistou quatro edições da Libertadores. Riquelme estava em campo em três desses títulos, e foi o principal jogador da equipe na época. Hoje, os dois são rivais.

O momento atual da Argentina é de polarização. Recentemente, a eleição presidencial dividiu o país. Amigo de Riquelme, o peronista Sergio Massa foi derrotado por ultraconservador Javier Milei, que teve o apoio de Mauricio Macri. O candidato a vice do Boca já presidiu a Argentina entre 2015 e 2019, quando foi derrotado pela esquerda.

Macri, apesar do nome forte, não é o candidato a presidência do Boca. Andrés Ibarra é o nome para o cargo. Aos 66 anos, trabalha em empresas do Grupo Macri desde a década de 80, e também foi ministro do ex-presidente da Argentina.

Nova Bombonera seria construída no terreno do centro de treinamento

Divulgação

Sem dúvidas, a construção de um novo estádio para o Boca Juniors é o que leva um peso maior a candidatura de Andrés Ibarra. O projeto de 390 milhões de dólares (R$ 1,9 bilhões) não pretende demolir a Bombonera clássica, e quer levantar uma casa nova no atual terreno do centro de treinamento.

- Apresentamos a solução definitiva, abrangente e viável para a nova Bombonera do século XXI vinculado à nossa querida Bombonera porque lá serão realizadas uma série de atividades, como as partidas de reserva, as divisões inferiores e também daremos a possibilidade de ser o primeiro time do mundo a jogar em dois estádios ao mesmo tempo. Torcedores assistirão ao jogo quando jogarmos em casa na antiga Bombonera, enquanto o outro estará repleto de membros ativos e plateistas - disse Ibarra.

Ge

Globoesporte.com

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