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Monitoramento mostra que 20% das jogadoras da Copa de 2023 receberam ofensas online

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Por Virtual Rondônia em 11/12/2023 às 17:39:33
Ferramenta de IA usada por Fifa e Fifpro ajudou a proteger atletas, treinadoras e dirigentes durante a competição, identificando e removendo conteúdo abusivo Uma ferramenta de Inteligência Artificial, usada em conjunto pela Fifa e pelo Sindicato Mundial de Jogadores de Futebol (Fifpro), ajudou a proteger mais de 700 jogadoras, treinadoras e dirigentes dos abusos e ofensas online durante a Copa do Mundo Feminina de 2023.

Laia Codina com Fridolina Rolfo depois de Espanha x Suécia na Copa feminina

REUTERS/Molly Darlington

Um estudo divulgado pelas duas entidades mostrou que 152 atletas inscritas no Mundial (20% do total) foram alvo de algum tipo de mensagem discriminatória, de ódio ou ameaça durante a competição.

Os discursos homofóbicos, sexistas ou com algum tipo de abuso sexual representaram quase 50% dos conteúdos bloqueados. O Serviço de Proteção de Mídias Sociais (SMPS, na sigla em inglês) analisou 5,1 milhões de posts e comentários em 2,1 mil contas de redes sociais pessoais e 239 de entidades esportivas.

Copa Feminina atrai mais conteúdo abusivo que a Masculina

A ferramenta usou Inteligência Artificial para identificar e remover as mensagens de ódio, permitindo que atletas e demais envolvidos pudessem se concentrar apenas na competição. O Mundial Feminino foi a sétima competição da Fifa a utilizar o serviço de proteção online, lançado há cerca de um ano.

- Não pode haver lugar nas mídias sociais para aqueles que abusam ou ameaçam alguém, seja nos torneios da Fifa ou em qualquer lugar. Graças ao SMPS, introduzido há um ano pela Fifa, com apoio da Fifpro, ajudamos a reduzir a exposição de jogadoras, times e dirigentes ao abuso online e ao discurso de ódio - afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

O estudo apontou que as jogadoras que disputaram a Copa de 2023, realizada em julho e agosto na Austrália e na Nova Zelândia, estiveram 29% mais expostas a abusos online do que os jogadores que jogaram a Copa do Mundo do Catar, no fim de 2022. Cerca de 7 mil das 5,1 milhões de mensagens analisadas no Mundial Feminino (0,14% do total) foram consideradas abusivas, enquanto no Mundial Masculino o total de conteúdo discriminatório ou de ódio representou 0,10% do total (19,6 mil entre 20 milhões de mensagens verificadas).

Brasil foi a nona seleção com mais abuso online

O monitoramento mostrou que a seleção dos Estados Unidos foi a que mais atraiu mensagens de ódio, quase 4 mil no total, quase a metade delas de cunho político e homofóbico.

A Argentina ficou em segundo lugar, com mais de 1.500 ofensas, devido à perseguição direcionada a uma das jogadoras da seleção. Em seguida, vieram as duas finalistas, a campeã Espanha e a vice Inglaterra. A seleção brasileira, eliminada na primeira fase, foi a nona equipe com mais mensagens de ódio e discriminatórias monitoradas na Copa.

Fonte: Ge

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