Análise: recital isola qualquer possibilidade de entrega do Fluminense na reta final do Brasileiro

Primeiro tempo de almanaque tem uma das melhores exibições do Tricolor na temporada. Time relaxa no segundo tempo e vê Santos empilhar chances, mas sai ileso na defesa Fernando Diniz sempre falou sobre a ética do campeonato. Mário Bittencourt revelou a meta de pontos para as três rodadas restantes. Mas ainda tinha quem duvidasse da postura tricolor na reta final do Campeonato Brasileiro, com partidas que impactariam nos rivais. Depois da vitória por 3 a 0 em cima do Santos na Vila Belmiro, qualquer questionamento se esvaiu, principalmente após o primor da etapa inicial.

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Na etapa inicial, o Fluminense quase não tomou conhecimento do Santos. Em uma das melhores apresentações do clube em 45 minutos, os comandados de Fernando Diniz se movimentaram, trocaram posições e colocaram os donos da casa na roda. Keno, por exemplo, vira e mexe apareceu na defesa para ajudar na construção das jogadas e ser mais uma opção de passe do ataque tricolor.

O primeiro gol surgiu como exemplo do domínio do Fluminense. Martinelli recuou para dar maior qualidade de passe na saída de bola tricolor, soltou a bola e subiu para ser opção de passe. Recebeu de Arias e arriscou com a perna ruim de fora da área. Gol que premiou o ano consistente de um dos jogadores mais subvalorizados pela torcida. Gol, também, que mostrou a paciência e comprometimento do Flu no início do jogo. E não tinha nem 10 minutos ainda.

O segundo gol foi retrato da funcionalidade de um time bem treinado há um ano e sete meses. André deu início à jogada em frente à própria área. Após quatro toques de primeira de Thiago Santos, Ganso, Martinelli e André, o Fluminense se desvencilhou da pressão santista, e Keno puxou o time para o campo de ataque. Dois passes depois, André apareceu na intermediária de ataque e deixou Diogo Barbosa na linha de fundo para cruzar na cabeça de Arias.

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Arias comemora o segundo gol do Fluminense com Fernando Diniz

Lucas Merçon/Fluminense

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Se algum dia te perguntarem como joga o time de Fernando Diniz, mostre esse lance. Saída curta com jogadores aparecendo como opções; atração do adversário para sair da pressão; após fugir da marcação, aproveitar o espaço deixado nas costas. Claro que também tem que contar com a qualidade técnica do passe e cruzamento precisos. Mas o gol é um bom resumo tricolor.

Quando Anderson Daronco apitou pela última vez na etapa inicial, o Fluminense havia sofrido três finalizações, sendo apenas uma no alvo. E tinha acertado cinco vezes a meta adversária, das seis finalizações que tentou.

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Cano comemora gol pelo Fluminense

LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC

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O segundo tempo foi diferente. O Fluminense relaxou com a vantagem no placar - até compreensível, mas criticado por Diniz - e viu o Santos crescer. A etapa final teve pressão santista, mas os paulistas poderiam bombardear o gol de Fábio por cinco horas seguidas que não iria adiantar. Era uma daquelas noites em nada funciona. Nino salvou uma bola em cima da linha, Fábio fez três defesas difíceis e quatro finalizações pararam na trave.

Apesar da pressão santista, o Fluminense também foi letal na chance que teve. Manipulando o espaço adversário como poucos times conseguem no futebol brasileiro, o Flu aproveitou vacilo defensivo e a infiltração de Cano, por algum motivo esquecido pela marcação, para fechar o placar.

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Se alguém ainda duvidava do empenho tricolor, o primeiro tempo com autoridade do Fluminense mostra para que serve a reta final do Campeonato Brasileiro. Faltam dois jogos para a estreia no Mundial de Clubes. No Brasileirão, a próxima partida é domingo, contra o Palmeiras, às 16h (de Brasília), no Allianz Parque.

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