Depois do destaque no Sul-Americano, camisa 10 do Brasil sonha com o título do Mundial sub-17, na Indonésia. Jogo com a Argentina, na sexta-feira, vale vaga nas semifinais Joia da base do Athetico, o meia Dudu leva a responsabilidade de ser o camisa 10 do Brasil no Mundial Sub-17. O jogador vem sendo titular absoluto do técnico Phelipe Leal, um espaço conquistado ainda no Sul-Americano. Vivendo o que chama de melhor momento, ele espera brilhar com a amarelinha, já pensando no futuro em subir ao time principal do Furacão.
Joia do Athletico, Dudu destaca reação do Brasil no Mundial sub-17 e mira a Argentina
Com Dudu, o Brasil tem pela frente o clássico com a Argentina, valendo vaga nas semifinais - o jogo será nesta sexta-feira, às 9h (de Brasília), e o ge acompanha em Tempo Real.
— Um clássico. O time deles tem muita qualidade, mas o nosso também tem. Estamos pensando etapa a etapa. Primeiro na Argentina, só depois na semifinal e, passando da semifinal vamos pensar na final. Não só contra a Argentina, mas em qualquer jogo de Copa do Mundo, é normal a ansiedade, aquele nervosismo. Mas dentro de campo é fazer o que estamos acostumados a fazer. Temos que saber lidar e transformar toda ansiedade e nervosismo em concentração - disse Dudu, em entrevista exclusiva ao ge.
Dudu carrega boas lembranças de jogos contra a Argentina. Desde que foi convocado para vestir a amarelinha pela primeira vez, em 2021, ele enfrentou a Albiceleste duas vezes - e com duas vitórias.
— Ano passado, na França, vencemos por 2 a 1, jogo pegado. Neste ano, no Sul-Americano, ganhamos por 3 a 2, outro jogo muito apertado. É sempre assim. Contra eles é sempre jogo difícil. Tem um gostinho diferente por ser clássico, toda a mística e um estilo de jogo totalmente diferente - analisa o meia.
O caminho até as quartas de final, porém, exigiu do Brasil uma virada de chave na competição. A derrota para o Irã, na estreia, fez o time ligar o alerta e reagir em seguida, vencendo Nova Caledônia e Inglaterra, na fase de grupos, e depois o Equador, nas oitavas.
— Não começamos bem, perdemos por 3 a 2. Foi um deslize. Depois disso, mentalmente o grupo cresceu muito. Ao invés de largar, nós nos unimos mais ainda e mostramos a nossa maior força, que é o coletivo. Agora sim está dando tudo certo e a gente vem correspondendo às expectativas - contou Dudu.
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O vencedor de Brasil x Argentina pega na semifinal quem passar de Espanha x Alemanha. Enquanto a seleção brasileira vem de vitória sobre o Equador por 3 a 1, a Argentina goleou a Venezuela, com 5 a 0, no último jogo.
Dudu, do Athletico, com a 10 da seleção
Arquivo Pessoal/ Divulgação
Camisa 10 e inspirações
A 16 mil quilômetros de Curitiba, onde mora, Dudu conta com o apoio da família para encarar o maior desafio da carreira até aqui.
— É difícil ficar tanto tempo longe deles. Estamos concentrados há um mês. Mas tenho que saber lidar com isso, e eles entendem que é o meu sonho. Estão sempre me apoiando, ficam nervosos com os jogos, e assistem de longe, sem poder estar aqui - conta.
Em campo, a inspiração está em jogadores como Kevin De Bruyne, astro do Manchester City. Jogador que Dudu vê com características semelhantes às que o jovem meia quer desenvolver ou aperfeiçoar.
Dudu sabe da responsabilidade de vestir a camisa 10 e da expectativa colocada em cima dele. Isso pelo que vem fazendo na base do Athletico e também pelo que fez no Sul-Americano deste ano. Ele foi um dos destaques da seleção brasileira na competição, com seis assistências e três gols, e se mostrou um facilitador do meio-campo e esbanjou recursos com tabelas curtas, passes e lançamentos longos, cruzamentos, infiltrações e finalizações.
— Aqui [na seleção] ou no Athletico, eu nunca entro em campo pensando em números individuais. Em quantas assistências, em quantos gols quero fazer. Aqui, por exemplo, meu foco principal é o título. Se eu conquistar o título estou feliz — garante.
Brasil vence o Equador por 3 a 1 e se classifica para as quartas de final do Mundial Sub-17
Do futsal pelo Coritiba ao destaque no Athletico
Vivendo um bom momento, Dudu já começa a pensar em um lugar no time principal do Athletico em 2024. No Furacão desde os 11 anos, ele assinou recentemente o primeiro contrato profissional, válido até 2026.
— Trabalho hoje pensando em estrear no profissional. Quero ser um grande jogador profissional e depois disso, quem sabe, vou sonhar com a Europa. Mas meu principal agora é estrear no Athletico — crava Dudu, ao mesmo tempo em que garante não ter pressa.
— Penso nisso, mas não coloco muita expectativa agora para também não me frustrar. Eu sei que tudo vai acontecer no tempo de Deus, não tenho pressa. Vou continuar fazendo o meu trabalho e sei que em algum momento vai surgir a minha oportunidade — diz o meia.
Curitibano, Dudu começou jogando bola com o pai, Elissandro Anastácio, que o matriculou no Coritiba Futsal Cancun, quando Dudu tinha sete anos.
Em 2017, com 11 anos, o jovem trocou de lado, entrou na iniciação do Athletico e começou a transição do futsal para o campo. Ele chegou ao CT do Caju dois anos depois.
Aos 15, ele foi convocado pela primeira vez para a seleção, para o sub-15 da seleção brasileira, sem saber que uma coleção de convocações estaria por vir pela frente até a responsabilidade de ser o camisa 10 do Sub-17, na busca pelo penta no Mundial.
Neste ano, Dudu foi para a Copa São Paulo de Futebol Júnior como reserva e, após a eliminação na terceira fase, voltou como titular do sub-20. Em junho, ele pediu para voltar ao time sub-17 e buscar o título da Copa do Brasil, mas o Athletico acabou derrotado para o Palmeiras na final.
— Eu não sei te dizer ainda como vai ser quando eu voltar, como estará minha vida no Athletico. Mas se voltar ao sub-20, terei a mesma dedicação na rotina de treino diário. Vida de atleta. Treino e treino - garante.
Aos 30' do 1º tempo - Gol do Brasil! Dudu dá uma cavadinha no meio da defesa e deixa Rayan Vitor na cara do gol
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