Atacante de 37 anos participou de grande parte da era vitoriosa do rival e agora busca conquista com a camisa tricolor; primeira partida da decisão será neste domingo, às 16h Uma das maiores crenças do futebol é a "lei do ex". Neste domingo, a partir das 16h (de Brasília), com transmissão da TV Globo para SP, o São Paulo aposta nesta máxima para conseguir largar na frente do Corinthians, na Vila Belmiro, no primeiro duelo da final do Paulistão Feminino – a volta será dia 26.
Neste contexto de reencontro, a esperança está depositada na atacante Cacau.
+ Siga o canal ge São Paulo no WhatsApp
São Paulo e Corinthians decidem o Paulistão feminino
Aos 37 anos, ela passou a defender o Tricolor em 2022 depois de seis anos representando as Brabas, justamente quando iniciou a era vitoriosa de Arthur Elias, hoje técnico da seleção brasileira. Com dois anos de São Paulo, a grande oportunidade de consagração está diante do antigo clube.
– Nem sempre se sagra campeão o time com maior investimento, melhores jogadoras ou estrutura. A gente chega preparada para essa final. Se chegamos é porque temos condição de ganhar do Corinthians e levar esse título – afirmou, em conversa exclusiva com o ge.
Mais do São Paulo:
+ Veja como está a negociação para renovação de Lucas
+ Entenda por que a passagem de Méndez pode ser abreviada
Cacau participou de era vitoriosa no Corinthians e agora quer título pelo Tricolor
Rebeca Reis/Ag.Paulistão/Centauro
– Foi um ano difícil para gente, pois passamos por altos e baixos. Ficamos perto de não classificar no Brasileirão, mas conseguimos de uma maneira muito guerreira. Enfrentamos um favorito Palmeiras nas quartas e derrotamos. Crescemos na hora certa, no mata-mata, mas infelizmente deixamos a vaga na final escapar. Isso fez a gente crescer como grupo – acrescentou.
Cacau passou seis anos no Corinthians e se recorda com carinho dos tempos no rival. Por já ter reencontrado as antigas colegas na temporada passada, atualmente enfrentar o alvinegro é algo "mais fácil".
– Tenho uma história muito bonita. Foi uma parte vitoriosa da minha carreira, com ligação com clube e torcida. É mais fácil jogar contra o ex-clube do que foi no primeiro reencontro. Esse para mim vai ser mais tranquilo, ainda mais estando em uma final. Estou feliz por reencontrar o Corinthians – destacou.
Além de Cacau, que jogou 16 jogos no ano e ainda busca o primeiro gol, as zagueiras Pardal e Mimi conhecem bem o Corinthians. Ambas atuaram pelo clube sob o comando de Arthur Elias e atualmente defendem o time tricolor.
Cacau posa com o troféu da Libertadores conquistada em 2017
Laura Fonseca
A experiência do trio e o fato de o rival estar sempre na vitrine ajudam no processo de observação.
– Qualquer jogo contra o Corinthians será difícil, mas temos que fazer um bom resultado em casa como mandante – disse Cacau.
+ Leia mais notícias do São Paulo
Cacau espera comemorar o primeiro título com o São Paulo no próximo domingo
Renato Pizzutto/Ag.Paulistão/Centauro
O Morumbi está fora da final pelas condições do gramado. A onda de calor prejudicou o terreno de jogo, que já estaria sob avarias depois de três apresentações musicais no estádio (Red Hot Chili Peppers e RBD).
As altas temperaturas queimaram parte do gramado, que começará a ser recuperado na noite de domingo visando o duelo entre o time masculino do São Paulo e o Cuiabá, no dia 26. Não há a segurança de que o gramado esteja 100% no confronto pelo Brasileirão.
"Chegar em uma final é importante por melhorias para 2024"
Por falar em vitrine, algo citado nesta entrevista, a final recolocou o São Paulo em posição de brigar diretamente por um título de expressão na elite do futebol feminino brasileiro.
A expectativa de Cacau é que o resultado possa carregar uma evolução do clube para 2024. A veterana destaca, no entanto, que a maior responsabilidade recai sobre a carreira de cada atleta, possivelmente com mudança de patamar a partir de um título.
– O São Paulo vem melhorando a estrutura, muita coisa interna. Óbvio que chegar em uma final é muito importante para futuros investimentos, para melhorias para 2024, mas isso vem acontecendo neste ano. Coisas mudaram, a comissão nos trouxe melhorias. Chegar é importante para qualquer clube – assegurou.
Cacau em ação na partida do São Paulo contra o São José
Renato Pizzutto/Ag.Paulistão/Centauro
– Chegar a uma final é fundamental para esse futuro investimento nos próximos anos. A gente tem uma responsabilidade com certeza, mas a maior responsabilidade não é por melhorias, mas para a carreira de cada uma. A responsabilidade que temos de ter um título é para nós e para a camisa que estamos vivendo – reiterou Cacau.
Cobrança ao VAR como motivação extra
Estar na final e poder dar o terceiro título estadual ao São Paulo (o primeiro desde 1999) surgem como motivadores naturais para Cacau e o elenco do Tricolor. Entretanto, a maneira na qual a equipe chegou à final aumenta a gana coletiva pelo troféu do Paulistão.
Nas semifinais, o São Paulo reclamou da arbitragem de vídeo, cobrando um gol no duelo contra o Santos. A arbitragem ignorou os questionamentos, e as Sereias da Vila venceram a ida por 1 a 0.
Na volta, na Vila Belmiro, o time tricolor venceu por 3 a 2 como visitante, após sair em desvantagem, e obteve a vaga nos pênaltis. O roteiro de superação é destacado internamente.
Santos 2 (2) x (4) 3 São Paulo | Melhores momentos | Semifinal do Paulistão Feminino 2023
– O VAR não se manifestou no primeiro jogo e deixou a gente nervosa, mas trouxe motivação. Ganhamos na Vila, sabendo que seria difícil. A classificação da maneira que foi: saindo atrás, buscando, empatando e ganhando nos pênaltis é difícil, chegamos mais motivadas. Futebol é bom por esses momentos – destacou.
– Classificar-se na raça e na superação foi muito bom para o grupo chegar mais forte. Só mostra que chegamos bem e temos condições de levar esse título – encerrou Cacau, vitoriosa pelo Corinthians e agora com a chance de chegar ao topo com o São Paulo.
???? Ouça o podcast ge São Paulo????
+ Assista: tudo sobre o São Paulo no ge, na Globo e no sportv