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Como jogam os times de Tiago Nunes, próximo de ser o novo treinador do Botafogo

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Treinador varia entre o 4-3-3 e o 4-2-3-1, é adepto de times que trabalhem a bola no campo do adversário e muitas inversões de lado com os pontas O Botafogo decidiu não manter Lúcio Flávio como treinador da equipe após as quatro derrotas seguidas que queimaram a gordura na liderança do Brasileirão. A SAF de John Textor decidiu buscar Tiago Nunes, do Sporting Cristal, para treinar o time nos últimos jogos de 2023 e na próxima temporada.

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Tiago Nunes levou o sonho da Libertadores ao Sporting Cristal

Thiago Lima

Tiago Nunes não tem o perfil de bombeiro como Cuca, primeiro procurado pela SAF, mas que recusou assumir a equipe agora. A aposta é que ele possa manter um rendimento que coloque o Botafogo próximo ao título - a equipe tem um jogo a mais e o mesmo número de pontos de Grêmio e Palmeiras - e possa construir o time para 2024.

Com apenas 43 anos, Nunes tem um perfil ofensivo, que pode se adaptar ao contexto, mas que nunca deixa de propor o jogo. Justamente o que Textor queria quando demitiu Enderson e buscou Luís Castro no começo de 2022. Seu melhor trabalho é o Athletico em 2019, quando foi campeão da Copa do Brasil e da Sul-Americana.

Seus dois trabalhos seguintes tinham o mesmo propósito: fazer um time se reconstruir e mudar o formato de jogo. Ele foi o escolhido para reformar o Corinthians em 2020. E a bola da vez pata substituir ninguém menos que Renato Gaúcho no Grêmio, em 2021. Não deu certo. No Ceará, a passagem foi curta e deu lugar à Dorival Júnior.

Tiago Nunes comanda o Grêmio no treino de reapresentação após vitória contra o Lanús

Lucas Uebel/DVG/Grêmio

A chance de estabilidade veio no Sporting Cristal. Na equipe peruana, Nunes colocou suas ideias e levou o time à Libertadores, com destaque para um empate com o futuro campeão Fluminense no Maracanã, jogando melhor que o time de Diniz.

Vamos entender os conceitos que se repetem nos trabalhos e que poderão ser vistos no Botafogo, seja em 2023 ou no ano que vem:

Saída curta com um volante entre os zagueiros (saída de três)

Nunes gosta de um time que sai jogando a partir do goleiro. Nem sempre com toques dentro da área, mas com uma saída pensada para ter o goleiro com a bola nos pés e o volante mais defensivo recuado, enfiado entre os zagueiros. Esse momento, chamado de saída de três, acontecia muito no Corinthians com Camacho e tem o propósito de fazer os laterais jogarem mais próximos do ataque, como na imagem.

Saída de três: movimento típico dos times de Nunes

Reprodução

Jogo mais direto e concentrado nos lados

Com a posse, os times de Nunes são ofensivos. Mas não é com muito toque ou posse. Ele tem um estilo bem direto, de correria. A bola sai lá de trás com qualidade e paciência e ganha velocidade quando chega no ataque. No Ceará e no Cristal, Nunes gostava muito de concentrar todo o ataque em um dos lados do campo, para criar aproximações. No Corinthians, o time procurava mais Luan, que se movimentava nos espaços.

Concentração no lado, com ataque próximo

Reprodução

Inversão de jogo como arma ofensiva

Se todo o ataque está num lado, junto com o lateral, como fica o outro lado? Mora aí a grande jogada do Sporting Cristal: a inversão de jogo. O nome no tatiquês é "inversão de corredor". Tá todo mundo jogando pela direita? Então o lateral na esquerda corre para pegar a bola no outro setor, que a marcação deixou descuidada porque acompanhou o time. O Cristal fez muitos gols assim, invertendo e cruzando. O Grêmio com Nunes, nos poucos meses de 2021, usava muito desse procedimento, já com Rafinha.

Inversão de corredor foi a principal arma de Nunes no Sporting Cristal

Reprodução

Variação entre o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1 como esquemas

Tiago Nunes sempre montou seus times no 4-2-3-1 ou no 4-1-4-1. A passagem de anos pelo Athletico é um exemplo:

O time que venceu a Sul-Americana em 2018 jogava num 4-2-3-1, com Marcelo Cirino, Raphael Veiga e Nikão atrás de Pablo.

Já o time que venceu a Copa do Brasil de 2019 jogava num 4-1-4-1, com Cittadini e Bruno Guimarães junto de Nikão e Rony, com Ruben como centroavante.

Tiago Nunes Athletico

Albari Rosa/Gazeta do Povo

No Corinthians, Grêmio e Ceará, variações entre esses dois esquemas, mostrando que o treinador irá manter a base do Botafogo hoje, que é um 4-2-3-1. Já no Sporting Crista, com mais tempo de trabalho e estabilidade, ele buscou variar: o time jogava num 4-3-3, mas em jogos estratégicos, podia fazer um 5-3-2, como a atuação contra o Flu no Maracanã, na Libertadores.

O 5-3-2 do Sporting Cristal contra o Fluminense

Reprodução

O treinador deve chegar nos próximos dias ao Rio de Janeiro, onde assina como grande nome para o Botafogo nesse momento de recuperação. A esperança é uma só: retomar a boa fase e fazer a equipe ter uma caminhada mais tranquila rumo ao Brasileirão mais disputado nos últimos tempos.

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