Volante diz que elenco atual é o melhor que ele fez parte em sete anos jogando no Coelho Juninho, como de costume, foi a voz do América-MG no Independência. Capitão do time e no clube desde 2016, se emocionou ao falar do rebaixamento consumado após a derrota para o Coritiba. O volante acredita que o principal motivo da queda foi a falta de foco no Brasileirão em função de outros objetivos ao longo do ano.
"O América-MG é maior que qualquer atleta e vai voltar forte", diz o volante Juninho após rebaixamento
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- Difícil explicar. Talvez, por a gente ter impressionado nas últimas temporadas e ter conseguido algo que ninguém esperava
falando por mim, a gente talvez não estivesse preparado.
"Nesta temporada, a gente entrou achando que a permanência seria pouco demais. Temos que sempre buscar coisas melhores, mas sem nunca esquecer aquilo que pode nos levar para baixo, a nossa essência, colocando os pés no chão."
A fala de Juninho está relacionada aos últimos anos do América-MG. Em 2021, pela primeira vez nos pontos corridos, conseguiu permanecer na Série A, além de conquistar a vaga na Libertadores. No ano passado, mais uma campanha de manutenção na elite nacional e vaga conquistada na Sul-Americana.
Neste ano, com a manutenção do técnico Vagner Mancini, o time foi vice-campeão mineiro, chegou às quartas de final da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Apesar das boas campanhas, Juninho acredita que as eliminações pesaram para o time
- No Campeonato Mineiro, a gente chegou na final e acreditou que poderia ser campeão pelo que a gente apresentava. Confesso que foi um baque, mas nosso objetivo do ano era a permanência (na Série A). Vamos para a Copa do Brasil, mas somos eliminados, outro baque. Depois, na Sul-Americana, fomos passando de tudo e, em determinado momento, acreditamos que poderíamos ser campeões. Quando saímos, veio tudo nas costas.
Juninho, do América-MG, em disputa de bola contra o Coritiba
Alessandra Torres/AGIF
Na visão do experiente volante, o foco do time nas demais competições tirou o América do trilho no Campeonato Brasileiro, restando pouco tempo para recuperação.
- Se a gente recuperasse no Brasileiro, seria um ano bom. Entramos com o pensamento de sermos campeões, mas não poderíamos ter tirado o objetivo principal.
"Saímos um pouco do trilho, e é difícil voltar na Série A. É carga em cima de carga."
Juninho está há sete anos no América-MG e é o jogador com mais jogos na história do clube. O rebaixamento atual é o terceiro que ele vivencia com o Coelho. Também foi rebaixado em 2016 e 2018. O capitão se diz surpreso com o resultado de 2023, em função da qualidade técnica do elenco.
- Sentimos dor. Este ano, de todos que estou aqui, era o melhor time tecnicamente falando. Mas, não deu certo em questão de resultados. Vamos trabalhar, levantar a cabeça, e o América é maior do que qualquer atleta. Vai voltar forte. Ainda sinto muito orgulho de fazer parte disso aqui, apesar do momento de dor e tristeza.
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