Líder do Brasileirão vê aproximação dos adversários e emenda quarto jogo seguido sem vitória Em atualização.
O técnico do Botafogo, Lúcio Flávio, analisou a derrota para o Vasco por 1 a 0 na noite desta segunda-feira, em São Januário, em jogo válido pela 32ª rodada do Brasileirão. O réves é o terceiro seguido, que fez o Alvinegro perder a "gordura" adquirida ao longo da competição.
Vasco 1 x 0 Botafogo - Melhores momentos - 32ª rodada do Brasileirão 2023
- A partir do momento que você não consegue ganhar, automaticamente fica estagnado. Sabíamos das partidas que teríamos. Jogos complicados. Adversários correndo atrás de algo que a longo dessa trajetória o Botafogo conseguiu impor uma distância boa, que agora acabamos perdendo. É um momento que ninguém está satisfeito, os jogadores não estão, nós como clube não estamos. No jogo contra o Grêmio não poderemos mais cometer esses erros - alertou.
- Em relação aos resultados, não foi o que queríamos. Nos últimos jogos a performance foi boa. Hoje não. Sabíamos que o adversário, na situação atual, seria complicado. Não podíamos sair atrás e foi exatamente o que aconteceu. A partir de amanhã vamos ver o que os jogadores podem, porque são dois dias, e pensar em relação a isso - complementou.
Lúcio Flávio vê a pressão na briga pelo título se aproximar, e falou na entrevista diretamente ao torcedor, que vive a expectativa pelo título brasileiro depois de 27 anos da última conquista.
- O torcedor por muitas rodadas saiu sorrindo porque o time venceu, muitos choraram até mesmo de alegria, e hoje é óbvio que em razão de mais uma derrota ninguém vai sair daqui do estádio satisfeito. Os jogadores também não saíram satisfeitos e todos são cientes dessa necessidade urgente de mudança.
O comandante e ex-jogador do clube ainda disse o que viu no vestiário após a derrota.
- O que chamou muita atenção no vestiário foi justamente essa questão dos jogadores tentando colocar para cima um ao outro, porque são eles que vieram até agora, trouxeram o Botafogo, e colocar novamente no trilho para buscar essa condição. Nós, que estamos aqui, confiamos e muito, porque sabemos do potencial do nosso grupo, do nosso elenco. Temos mais sete jogos pela frente. Acreditamos muito que o nosso grupo tem todas as condições de buscar esse objetivo e vamos correr atrás sem dúvida nenhuma.
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Parte física do elenco
- No jogo contra o Palmeiras nós tivemos um jogador a menos, tivemos que nos desgastar mais. E hoje, pelo menos em razão das alterações, nós sabemos que corríamos o risco de ter três jogadores que há muito tempo não jogavam, e esses, sim, sentiriam mais. Agora, os outros estão caminhando para uma reta final, tem jogadores aí que atuaram mais de 50 jogos no ano, e é por isso que há uma necessidade de nós estarmos também fazendo as alterações.
- Com exceção dos jogadores que estavam há mais tempo e o Sampaio, o Danilo, os demais acabaram dentro do possível terminando como eu acho que muitas equipes acabam, buscando ter uma entrega. A partir do momento que você está buscando um resultado, por vezes você se atira mais e acaba permitindo ao adversário muitas vezes contra-atacar, transitar em cima do teu jogo. Parece que é uma queda de rendimento, mas isso acaba acontecendo não apenas com o Botafogo no jogo de hoje, se você perceber a maioria dos jogos tem ocorrido isso até pela situação de ser reta final de ano.
- Desgaste em todos os aspectos, cada um buscando um objetivo, e nós precisamos recuperar toda a condição dos jogadores para estarmos em condições de sermos melhores na questão de competirmos. Estarmos buscando novamente essa situação em termos de vitória.
Individual x coletivo
- Quando você tem nas individualidades, essa situação dos jogadores sobressaírem, estarem bem, automaticamente o grupo todo vai conseguir desempenhar aquilo que é muitas vezes combinado. E o importante é saber que foram eles mesmos que conseguiram tudo isso juntos.
- A força do Botafogo sempre foi muito o conjunto, e nós acreditamos que eles vão passar por cima disso porque a instabilidade todos os clubes acabaram passando na competição. Até pelo fato de hoje estar tudo muito junto, muito próximo, e infelizmente nós acabamos passando nesse momento. Não gostaríamos que isso tivesse acontecido, mas, como falei, nós confiamos, acreditamos e certamente vamos, a partir dessa quinta-feira, retomar o caminho de vitórias.
Emocional pesando?
- Acho que até tomarmos o gol tínhamos o domínio do jogo, estávamos melhores, pressionando o adversário, não dando muito espaço, e acabamos tomando o gol. Isso nos atrapalhou, especialmente no primeiro tempo. Começamos a ter aquela pressa, querer resolver as coisas, tomando algumas decisões ruins e não conseguimos gerar nenhuma situação para empatar a partida, no fim do primeiro tempo.
- No segundo tempo, até pela questão do próprio momento do nosso adversário, quando eles fizeram o gol, automaticamente conseguiram formatar uma linha de defesa melhor, conseguiram baixar um pouco mais o bloco e começaram a jogar no nosso erro. Em alguns momentos tentamos, com algumas alterações, mas não conseguimos ser eficientes naquilo que nos propusemos a fazer em relação a essa partida.
Mateo Ponte
- Ele tem trabalhado, tem treinado. O Di Plácido é um jogador que vem atuando com uma maior frequência, e quando não atuou, quem entrou em determinados momentos foi mais o JP. Então nós temos trabalhado mais nessa linha de convocação, até porque não trabalhamos normalmente com mais de dois laterais da mesma posição para o mesmo jogo.
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