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Esporte

Controle em baixa, resultado em alta. O resumo do Palmeiras na Bombonera

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Empate sem gols em Buenos Aires foi ótimo para o Verdão, que sofreu bastante no 1ª tempo Desde que Abel Ferreira assumiu o comando do Palmeiras, em novembro de 2020, é difícil lembrar de um jogo de Libertadores em que o Verdão passou tanto sufoco como visitante, sobretudo na 1ª etapa. O Boca Juniors traçou uma estratégia inicial inteligente e a executou bem, fazendo com que os brasileiros tivessem muitos problemas, seja qual fosse a fase do jogo.

No 2º tempo, já com os aspecto físico dos donos da casa sem tanta influência, a partida transcorreu mais próxima da normalidade para uma equipe que sabe se defender bem e está nas semifinais da Libertadores pela quarta vez seguida. Murilo e Gustavo Gómez foram gigante na proteção de área.

Escalações

Miguel Almirón resolveu apostar novamente em uma dupla de ataque, algo que não acontecia há quatro partidas. Merentiel atuou ao lado de Cavani na frente. Medina e Barco foram os meias. Janson e Zeballos iniciaram no banco.

Abel Ferreira manteve a base que vem montando depois da lesão de Dudu. Mas desta vez escalou Marcos Rocha de zagueiro, assim como contra o Deportivo Pereira, e Mayke na ala-direita. Artur fez dupla de frente com Rony e buscou mais o lado direito.

Como Boca Juniors e Palmeiras iniciaram a primeira semifinal da Libertadores 2023

Rodrigo Coutinho

O jogo

O ótimo cruzamento de Murilo para Artur finalizar para fora, logo aos três minutos, passou a sensação de que o Palmeiras seria o time dominante na 1ª etapa, mas não foi isso o que aconteceu. Talvez pela opção do tipo de passe utilizado para chegar perto da meta, mas certamente e principalmente pela imposição do Boca Juniors.

O time da casa imprimiu muita intensidade na abordagem de marcação, teve um bloco médio, dando combate nas proximidades da intermediária defensiva do Palmeiras, fechando espaços com coordenação e concentração. Até Cavani e Merentiel foram abnegados neste trabalho, e os Xeneizes dominaram o jogo partir daí.

Equi e Pol Fernández ''engoliram'' Gabriel Menino e Raphael Veiga nos duelos de meio-campo. A dupla pouco apareceu para gerar opção de passe curto a Rocha, Gómez e Murilo. Valentin Barco e Medina faziam um ótimo trabalho de pressão em Mayke e Piquerez, e a bola longa acabava sendo a única opção.

É verdade que o Palestra buscou esse precedente até quando não havia pressão na bola. A ideia parecia ser explorar as diagonais de Rony entre os zagueiros, atacando e recebendo em profundidade, mas Rojo e Figal deram poucas brechas para isso. Na prática, o Palmeiras botava a bola em disputa, perdia a posse, e sofria com ataques rápidos.

Zé Rafael em Boca Juniors x Palmeiras

Luis ROBAYO / AFP

Barco, Merentiel, Cavani e Medina desperdiçaram boas chances. Os brasileiros também encontravam problemas para encaixar a marcação. Medina e Barco flutuavam dos lados para o centro, confundindo muitas vezes quem deveria seguí-los. Num segundo momento se ofereciam aos laterais e atacantes em boas tramas de passe curto.

Advíncula foi bem agudo pela direita e Cavani encaixou bons passes em profundidader nos contra-ataques. O Boca seguiu melhor na 2ª etapa, mas o cenário do jogo mudou. Naturalmente a intensidade sem a bola diminuiu e o Palmeiras pôde avançar mais metros no campo com a posse de bola. Chegou, inclusive, a finalizar com perigo em duas ocasiões com Veiga e Zé Rafael antes dos dez minutos.

Precisando da vitória, o time argentino aumentou sua taxa de posse de bola, e consequentemente os ataques foram mais pausados, o que possibilitou um trabalho de marcação mais eficaz do Verdão. Valentin Barco e Cavani, porém, seguiram levando vantagem ao se aproximarem pelo lado esquerdo do ataque.

Boca Juniors x Palmeiras, Gabriel Menino

Cesar Greco/Palmeiras

Menos mal para o Palmeiras que Jorge Almirón resolveu sacar o jovem meia aos 25 minutos. Benedetto, carrasco alviverde em 2018, foi a campo logo depois. A temperatura do jogo ficou mais agradável para os brasileiros e Raphael Veiga conseguiu aparecer com finalizações sem tanta contundência da entrada da área.

Sem tantas opções maduras no banco de reservas, Abel só foi mexer na equipe depois dos 30 minutos. Fabinho ajudou a estancar a pressão dos anfitriões na reta final do jogo e o Verdão precisa de uma vitória simples para chegar a mais uma final de Libertadores.

Ge

Globoesporte.com

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