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Esporte

Na chegada à seleção feminina, Arthur Elias reforça guinada em relação ao trabalho de Pia Sundhage

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"Pensamos futebol de maneira muito diferente", diz novo técnico em relação à antecessora Dizer que a seleção brasileira feminina inicia uma nova era com a chegada do técnico Arthur Elias parece ir além da mera figura de linguagem. Em sua apresentação oficial, nesta sexta-feira, o substituto de Pia Sundhage procurou, na convocação e na primeira entrevista coletiva no cargo, mostrar uma guinada em relação ao trabalho da antecessora.

Arthur Elias, novo técnico da seleção brasileira feminina

Thais Magalhães/CBF

- Eu e a Pia pensamos futebol de maneira muito diferente, modelo de jogo, características da equipe... Se eu estou aqui, é para mudar alguma coisa. Vocês podem esperar uma seleção jogando diferente, de forma mais ofensiva - afirmou o treinador.

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O retorno da atacante Cristiane foi, certamente, o ponto que mais expõe as diferenças entre a antiga treinadora e Arthur Elias. A veterana atacante, de 38 anos, foi chamada pela última vez por Pia em fevereiro de 2021. Ficou fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em agosto daquele ano, e da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. Arthur Elias também chamou de volta a goleira Luciana, de 36 anos, que ficou fora da Copa.

- As portas da seleção vão estar sempre abertas, independentemente da idade - disse Arthur Elias.

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A primeira lista do técnico, com 30 jogadoras chamadas para um período de treinos na Granja Comary, em setembro, mostrou outras diferenças em relação à sueca, embora mais sutis. Antônia, por exemplo, que foi lateral-direita com a sueca, foi convocada como zagueira.

Dois dos principais expoentes do processo de renovação feito por Pia - a zagueira Lauren, que foi titular em dois jogos da Copa, e a meia Aline Gomes, suplente no Mundial - ficaram fora da primeira convocação de Arthur.

Projeto x resultado

Se a passagem da treinadora sueca pela seleção foi marcada pela implantação de novos processos de trabalho e pela renovação do elenco, com ênfase na transição de gerações, Arthur Elias chegou com pressa para mostrar resultados.

- Tenho certeza de que poderemos em pouco tempo mudar a realidade do futebol feminino no Brasil. A minha missão é trazer resultado já a curto prazo, nos Jogos Olímpicos. A seleção brasileira precisa voltar a ser protagonista mundial, esse é o nosso objetivo - disse o treinador.

Nos últimos anos, Pia Sundhage procurou valorizar os confrontos contra as seleções mais bem colocadas no ranking da Fifa, alegando que seria o melhor caminho para o Brasil alcançar um alto nível de competitividade. Já Arthur Elias buscou em sua chegada à seleção mostrar otimismo com o padrão atual da equipe.

- Não estou interessado no que aconteceu antes, quero pensar nas metas que a gente possa alcançar. Da minha boca você não vai mais escutar que tem alguém mais preparado. Dentro de campo, a seleção brasileira compete com qualquer uma. O Brasil sempre foi forte no futebol feminino, e a gente vai tentar mostrar isso.

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Ge

Globoesporte.com

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