Não foi a cerimônia de batismo que conferiu a ela, na maioria dos casos, a referência amorosa, e sim o cuidado com os amigos e o instinto maternal. "Ela era a dinda de todo mundo, uma pessoa que nasceu com a predisposição de ser legal, a melhor conselheira do mundo", disse o ator Luis Miranda à reportagem, no velório da atriz, no Rio de Janeiro.
"Ela era carinhosa demais, atenta, maternal", contou, emocionada, Marisa Orth, que conviveu intensamente com Aracy nos tempos de "Sai de Baixo", quando interpretou a, digamos, pouco esperta, Magda. "Ela lembrava do aniversário de todo mundo, o nome do filho de todo mundo, cuidava dos problemas dos amigos. Ela era barra pesada de legal. Não era pouco legal, era um absurdo", diz.
Patrícia Poeta contou, ao vivo, no Encontro, logo após o anúncio da morte da atriz, que não só ela, como também seu filho, Felipe Poeta, a chamavam de dinda. Lázaro Ramos também compartilhou uma conversa no WhatsApp em que se dirigia assim à amiga.
Além de todos os afilhados que conquistou ao longo da vida, ela também era madrinha de batismo de Antonia Saraceni, 20, filha da diretora Denise Saraceni. "Tenho orgulho de chamá-la de dinda, e ela era mesmo. Fui batizada pela Aracy", conta. "Ela sempre foi a minha segunda mãe, me levava ao dentista, ao catecismo... E olha que todo mundo ia com a babá. Minha dinda fazia questão de ir comigo, de estar sempre por perto. Ela era demais", diz.
A atriz também foi madrinha de casamento de Tony Ramos e Lidiane Barbosa, juntos desde 1969. Os dois atores da Globo foram amigos por 56 anos.
Aracy escolheu não ter filhos e não se casar. Preferiu dedicar sua vida ao trabalho. "Não tinha condições de conciliar a minha vida de atriz, já que eu tive tantas dificuldades antes. Eu não tive tempo, mas amei e fui amada. Eu vivi intensamente", disse ela em entrevista a Pedro Bial, em 2022.
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Fonte: Notícias ao minuto