anuncie

Fanatismo polĂ­tico Ă© uma doença?

É quando pra vocĂȘ o errado a seu favor esta certo e o certo em seu desfavor esta errado e não hĂĄ argumentos ou atitudes que mude sua ideia mesmo estando errado

Por Virtual Rondônia em 16/05/2023 às 18:28:52
O fanatismo polĂ­tico pode ser considerado uma doença? Essa é uma questão que ganhou relevo nos Ășltimos anos com a escalada da tensão polĂ­tica no Brasil e no mundo.

Observando o comportamento das pessoas mais radicalizadas na defesa de suas crenças, nos acostumamos a testemunhar cenas intolerância e até de violĂȘncia.

Um comportamento que sem dĂșvida destoa do padrão e oferece riscos ao indivĂ­duo que se comporta de maneira tão ardorosa, e por vezes inconsequente, e as pessoas ao seu redor.

Ora, comportamento que gera danos fĂ­sicos e mentais a si próprio e a terceiros não é uma caracterĂ­stica de transtorno mental? Não se trata de uma psicose?

Neste artigo me proponho a esclarecer essa questão, definir o que é fanatismo polĂ­tico, quais são os seus efeitos e se existe algum tratamento. Siga na leitura.

O que é fanatismo polĂ­tico?
Fanatismo polĂ­tico se trata de uma defesa obsessiva, acrĂ­tica e apaixonada por uma crença ou comportamento na qual não se admite o contraditório, isto é, refutação. DĂĄ pouca abertura para tolerância a ideias contrĂĄrias.

No dito popular, uma pessoa que costuma "passar do ponto" quando o assunto é polĂ­tica, enfrenta sérias dificuldades para se conter ou não consegue desviar do assunto.

Mas é uma doença?
Apesar do comportamento, digamos, acima do tom, do desequilĂ­brio emocional, da forma excessivamente contundente e por vezes até agressiva, verbal e fisicamente, de uma pessoa fanĂĄtica por uma crença polĂ­tica, o fanatismo polĂ­tico não é considerado uma doença.

A literatura psiquiĂĄtrica existente sobre o assunto o classifica como um comportamento disfuncional, mas que não chega a ser uma doença.

Quer dizer que não tem problema se comportar como um fanĂĄtico?
Esse é o engano. O problema do fanatismo polĂ­tico em termos de saĂșde para o indivĂ­duo e para as pessoas que o cercam é que essa postura pode evoluir para um distĂșrbio psiquiĂĄtrico.

Isso vai depender do prejuĂ­zo que a pessoa farĂĄ a si mesma por acreditar em suas crenças e o impacto que causarĂĄ no seu entorno.

Por exemplo, um cidadão que se convence que medicamentos naturais são os melhores para tratar de seus problemas de saĂșde, seja por motivo polĂ­tico, religioso, cultural, etc., tende a ter dificuldades de acreditar que tais medicamentos podem ser perigosos e os comprovadamente eficazes não. Sua conduta passa a ser fundamentada por crença que não se baseia em métodos cientĂ­ficos.

Ele corre o risco de comprometer a sua saĂșde tanto fĂ­sica quanto psicológica ao não tratar seus problemas clĂ­nicos de forma adequada.

Quando as crenças, em grande medida, não tĂȘm relação com os fatos, essa postura de constante negação da realidade sem dĂșvida favorece um estado de confusão, uma perda da capacidade, ainda que temporĂĄria, de distinguir o real do falso.

Pessoas em negação da realidade sem dĂșvida estão mais próximas de desenvolver um transtorno mental. Não significa que fatalmente isso ocorrerĂĄ, mas as chances nesses casos são mais elevadas.

Sintoma de patologias
HĂĄ correntes de pensamentos que associam o fanatismo polĂ­tico a um sintoma de transtornos psicopatológicos. Ou seja, a conduta não seria a causa, mas uma consequĂȘncia de um distĂșrbio em evolução na mente do indivĂ­duo.

Os distĂșrbios na qual o fanatismo polĂ­tico foi associado são a psicose e a esquizofrenia.

Porém, é preciso não incorrer em uma precipitação. Fanatismo polĂ­tico não é necessariamente uma evidĂȘncia de que a pessoa esteja psicótica ou esquizofrĂȘnica. Problemas de saĂșde mental e fanatismo podem coexistir e sem se relacionarem.

ConsequĂȘncias do fanatismo polĂ­tico
Além do risco de se submeter a crenças que provoquem danos fĂ­sicos e psicológicos e favorecer a evolução de um transtorno mental, o fanatismo polĂ­tico ainda traz problemas de relacionamento interpessoal.

Como vimos, um fanĂĄtico, por definição, seja polĂ­tico, religioso, esportivo etc. é um intolerante, alguém que não aceita opiniões contrĂĄrias e defendem seus argumentos com ardor excessivo.

Inflexibilidade que favorece a postura de não escutar familiares e amigos que queiram lhe oferecer ajuda. Pelo contrĂĄrio, o fanĂĄtico acaba afastando essas pessoas e ficando isolado. Solidão, rejeição são sensações que sem dĂșvida não favorecem a estabilidade emocional e potencializa o surgir de transtornos.

Outra consequĂȘncia perigosa do fanatismo polĂ­tico é a de estimular o indivĂ­duo a estreitar relações com grupos que pensem da mesma maneira que ele. Naturalmente, ao estar próximo de pessoas que apresentem o mesmo grau de fanatismo em suas crenças as fortalecerĂĄ e dificultarĂĄ a abertura ao contraditório. Ele passa a viver em bolhas que alimentam o seu fanatismo.

Quando esses grupos se juntam e tentam impor suas visões de mundo recorrendo, o que não é estranho ao fanatismo, a força, põem em risco a existĂȘncia de todos que pensam o contrĂĄrio. Logo, passam a representar um risco não só a si mesmos, mas a toda uma sociedade.

Como identificar um fanĂĄtico polĂ­tico?
HĂĄ trĂȘs elementos a se levar em conta para classificar alguém como um fanatismo polĂ­tico.

Intensidade;
Intolerância;
IncoerĂȘncia.
Quando o discurso do indivĂ­duo se mostra por demais exacerbado as normas culturais do entorno, intolerante a qualquer divergĂȘncia levantada e ignorando incoerĂȘncias flagrantes nos seus argumentos, estĂĄ caracterizado um fanatismo polĂ­tico.

Buscar apoio profissional faz sentido?
Depende muito do contexto, depende do quanto essa conduta estĂĄ prejudicando a vida afetiva, profissional, acadĂȘmica etc. Também depende do quanto a pessoa estĂĄ afetando negativamente o seu entorno.

FanĂĄticos podem se demonstrar intransigentes em seus pontos de vistas sem tentar impor sua opinião a terceiros.

Se a pessoa for convencida de que suas crenças é a causa de seu problema, sem dĂșvida mal não irĂĄ fazer receber suporte de um profissional para lidar com essa nova situação. Afinal, não é fĂĄcil abrir mão de dogmas que muitas vezes norteiam uma vida inteira, principalmente se a pessoa estiver inserida em grupos, ancorar sua vida social em coletivos de natureza fanĂĄtica.

No entanto, algumas dessas pessoas podem apresentar caracterĂ­sticas que estimulam o comportamento belicoso e irracional. É comum que pessoas fanĂĄticas sejam muito ansiosas e tenham dificuldade de controlar seus impulsos.

HĂĄ tratamentos para lidar com esses problemas. Um deles é a minha especialidade. A hipnoterapia. Para saber mais a respeito, clique aqui ou entre em contato comigo.

Gostou deste conteĂșdo sobre fanatismo polĂ­tico? Então curta, compartilhe, avalie. Seu apoio faz a diferença.

Fonte: Moshe Bergelma

Comunicar erro
LANCHE DA JAPA

ComentĂĄrios

anuncie aqui