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Criptomoedas: Justiça nega pedido de Willian para desbloqueio das contas em ação movida por Mayke


Defesa do atacante do Athletico-PR tentou reverter decisão imposta pela Justiça de São Paulo; lateral-direito do Palmeiras cobra o recebimento de R$ 7,8 milhões em processo O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo indeferiu nesta sexta-feira o pedido da defesa de Willian para desbloquear as contas do atacante, hoje no Athletico-PR. O bloqueio foi feito por ação movida pelo lateral-direito Mayke, do Palmeiras.

O pedido do bloqueio veio dos advogados do lateral, que cobra ao todo R$ 7,8 milhões investidos em criptomoedas na Xland, após indicação da empresa de assessoria financeira de Willian Bigode.

A decisão, assinada pelo juiz Christopher Alexander Roisin, diz que a garantia para o investimento dada pela Xland é suspeita, ao contrário do que diz a defesa de Willian. Tal garantia era em pedras de alexandrita, avaliadas pela empresa em mais de R$ 2 bilhões, mas que foram adquiridas por R$ 6 mil.

O juiz também não reconhece o "erro material" alegado pela defesa de Willian, além de dizer que não cabe a Mayke a tarefa de provar a veracidade dos documentos e da garantia - e sim à Xland.

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Willian e Mayke durante treino do Palmeiras

Cesar Greco

O que a defesa alegou

Bruno Santana, advogado de Willian, baseou sua petição na cláusula do contrato firmado entre Mayke e a Xland. O valor anunciado pela empresa, porém, é considerado irreal tanto pela empresa que vendeu os 20kg de alexandritas, quanto por especialistas no mercado de pedras preciosas. A defesa de Willian diz que o preço neste momento não é foco.

– Agora não se quer discutir o valor das pedras, se é o que está constando. O ponto pertinente é que existe uma garantia em contrato que o autor (Mayke) compactuou, registrou em um cartório de títulos que aceita a garantia ofertada. Se quisermos fazer a avaliação de mercado, equivalente pelo que consta no certificado de avaliação, vai ser pedida a avaliação pericial, mas não é o momento agora – continuou.

Mensagens de texto e de áudio revelam detalhes do suposto golpe sofrido por Gustavo Scarpa

O argumento da defesa do atacante é de que o valor foi bloqueado, pois não encontraram patrimônio da Xland, mas há as pedras, que já estão retidas na caixa de segurança em São Paulo (SP) por ser a garantia também de contratos firmados por Gustavo Scarpa e o próprio Willian.

A decisão da Justiça de São Paulo, por outro lado, diz que no contrato entre as partes existe apenas uma declaração de que as pedras servem de lastro para as operações da Xland, não que seriam efetivamente garantia.

No caso de Mayke, o processo é movido contra a Xland, e a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial Ltda, empresa de Willian, é colocada com responsabilidade solidária.

Gustavo Scarpa, hoje no Nottingham Forest, e Mayke investiram na empresa após recomendação de Willian.

O atacante, que atuou com a dupla no Palmeiras, afirmou não ter tido nenhum benefício sobre os valores aportados pelos ex-companheiros. Ele alega também ser vítima e ter perdido cerca de R$ 17,5 milhões.

Willian, Mayke e Scarpa pelo Palmeiras em 2021

Cesar Greco / Ag Palmeiras

Ao todo, o aporte de Mayke e sua esposa Rayanne foi de R$ 4.583.789,31. Durante um período de quase 18 meses, foi prometido um rendimento de R$ 3.250.443,30, que chegaria perto de dobrar o valor.

Foram estes R$ 3,2 milhões de rendimentos que o jogador pediu o resgate em outubro, mas não recebeu. Depois, soube que não conseguiria retirar, também, os R$ 4,5 milhões que aportou inicialmente. A soma destas quantias dá os R$ 7,8 milhões que ele pede no processo.

Entenda todo o caso

Gustavo Scarpa e Mayke decidiram abrir um Boletim de Ocorrência horas depois de o Palmeiras conquistar o título brasileiro, em novembro. Os dois reclamam do sumiço de mais de R$ 10 milhões investidos em criptomoedas na Xland. Além deles, Weverton também foi citado como uma das vítimas.

Os dois acusam a empresa de Willian, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, e a Xland Holding Ltda do golpe. A defesa do atacante alega que ele também é vítima e não recebeu para indicá-los o investimento.

Scarpa foi apresentado à empresa Xland por Willian em junho de 2020 por meio de um arquivo com uma apresentação sobre criptomoedas. Em áudio, Bigode afirmou que a empresa no qual é sócio tem "nossa fidelidade e parceria com a Xland". A relação entre eles ficou estremecida diante dos acontecimentos.

A promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, muito acima do que qualquer aplicação no mercado. Para convencer Scarpa a investir, Gabriel Nascimento, um dos donos da Xland, chegou a dizer que a empresa tinha R$ 2,1 bilhões em pedras de alexandrita, além de chácaras e terrenos como garantia.

Para Mayke e sua esposa Rayanne, foi Camila Moreira de Biasi Fava, sócia de Willian, quem falou no investimento e argumentou que "não ofereceria se não fosse bom".

Scarpa até ironizou uma das mensagens de Willian reveladas pelo Fantástico em que o atacante diz que agora só "resta orar".

O jogador do Athletico também disse ter sido vítima da Xland Holding Ltda, onde foi feito o investimento. Bigode alega ter perdido cerca de R$ 17,5 milhões. Loisy Coelho, sua esposa e sócia na WLJC, chegou a dizer em áudio para Gabriel que ele estavam "f... todos juntos".

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Ge

Globoesporte.com

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