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Dia das Mães: goleira da Esmac conta como concilia o futebol e a maternidade

Por Virtual Rondônia em 07/05/2022 às 22:26:15
Por conta da profissão, Iza precisa viajar para fora do estado e passar dias longe de casa Iza e o filho

Arquivo pessoal

A vida de uma atleta é feita de viagens, sacrifícios, treinos exaustivos e muita dedicação. Ser jogadora e mãe é um desafio ainda maior, a responsabilidade de cuidar de uma criança é muito grande. Iza é goleira da Esmac, clube que está disputando o Brasileirão Feminino, e conta a história dela. Não é uma rotina fácil, mas a jogadora comenta que se esforça para deixar o filho bem.

- A rotina é cansativa, eu tenho que deixar tudo organizado em casa para poder viajar. Deixo tudo arrumado e lavado, tudo para o meu filho se sentir confortável, mas já me acostumei. Já são 6 anos nessa rotina.

Em um dia, Iza está em casa; no outro, aeroporto. A Esmac precisa viajar para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e alguns outros estados. Iza precisa ficar dias longe do Pará, é inevitável não sentir falta do filho, porém eles dão um jeitinho de amenizar essa saudade.

- Bate muita saudade, mas sei que tudo que estou fazendo é para dar algo bom para o meu filho, sei que ele vai sentir muito orgulho de mim. Coração aperta, mas uma chamada de vídeo alegra o coração.

Alguns jogadores recebem milhões e não precisam se preocupar com o preço da gasolina e do leite, mas essa não é a realidade da maioria das pessoas que vivem de futebol. Iza não vive apenas do esporte, ela precisa de uma renda complementar. A goleira precisa batalhar para manter o sonho vivo.

- Aqui em Belém não dá pra viver só de futebol, ganho pouco. Preciso me virar de outra forma, vendo roupas. Eu pretendo voltar a jogar fora do estado do Pará, pois já vivi em outros estados.

Iza (esquerda) é goleira da Esmac

Nayra Halm/Staff Images

Aniversários, Páscoa, Natal, Dias das Mães…são várias datas comemorativas que as famílias se reúnem. Iza não consegue passar todos esses dias em casa, ela conta como é ficar distante.

- Hoje já estou acostumada, mas no início foi bem difícil lidar com isso. Hoje já virou normal para mim, sempre faço chamadas, aí tudo melhora.

Um atleta passa por altos e baixos, pode comemorar um título ou fazer contas para fugir do rebaixamento. Já é difícil para um adulto entender isso, para uma criança é ainda mais complicado.

Os momentos são quando ele não quer ficar com ninguém e isso complica para mim. Ele fica muito triste quando nosso time perde.

O filho de Iza tem a mãe como um grande exemplo. Ele quer seguir os mesmos passos. O sonho de virar jogador passou de uma geração para a outra. A goleira fala sobre como o filho se relaciona com a profissão dela.

- O relacionamento com a minha profissão é bom. Hoje ele faz parte da escolinha da Esmac. Eu motivo muito ele no futebol, ele sempre fala que também quer ser jogador. Um dia falou pra mim que queria ser goleiro igual eu(risos). Falei: “meu filho, você vai ser o que quiser ser”.

Iza e o filho

Arquivo pessoal

Fonte: Ge

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