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Fluminense vai em busca do 7º bicampeonato no Carioca; veja curiosidades dos outros títulos


Saga teve "Máquina Tricolor", Mick Jagger, pandemia, presidente em campo, briga nos tribunais... O Fluminense inicia na noite deste sábado, às 20h30 (de Brasília) no Maracanã, as finais do Campeonato Carioca contra o Flamengo. Atual campeão, o Tricolor defende o título e vai em busca de seu sétimo bicampeonato estadual na história.

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No Rio de Janeiro, o Fluminense só teve menos bicampeonatos que o Flamengo, que soma oito em sua história, mas tem a chance de encostar no arquirrival agora e abrir mais distância para os outros rivais: o Vasco tem cinco, enquanto o Botafogo possui quatro.

Cano com a taça de campeão carioca pelo Fluminense em 2022

Mailson Santana / Fluminense FC

Números de bicampeonatos no Carioca

Mas você lembra dos outros bicampeonatos cariocas do Fluminense? Com base em jornais antigos e no livro "Histórias dos Campeonatos Cariocas de Futebol 1906 / 2010", o ge resgatou as campanhas e curiosidades dos títulos anteriores e mostra como foi cada um. Veja abaixo em ordem cronológica:

1906-1907

O primeiro bi começou justamente na primeira edição do Campeonato Carioca. Em 1906, seis clubes disputaram o torneio em sistema de pontos corridos em dois turnos. O Fluminense somou nove vitórias e uma derrota em 10 jogos e foi campeão no penúltimo jogo, após golear o Rio Cricket por 4 a 1 em Icaraí, em Niterói. Na ocasião, chegou a 16 pontos e não podia mais ser alcançado. Formado por jogadores ingleses ou descendentes do país criador do futebol, o Tricolor foi soberano: fez 52 gols e sofreu apenas seis. E ainda teve o artilheiro da competição: o atacante Horácio, que marcou 18.

Time do Fluminense bicampeão carioca em 1907

Flu-Memória

No ano seguinte, apenas quatro clubes disputaram o Estadual – Bangu e Rio Cricket saíram da então Liga Metropolitana de Sports Athléticos (LMSA). Foram dois turnos de pontos corridos, com uma resolução da discórdia entre clubes que previu antes do início do campeonato o saldo de gols como critério de desempate ao final do torneio. O Fluminense obteve cinco vitórias (uma por W.O.) e uma derrota e terminou com 10 pontos após vencer o Paysandu por 2 a 1 nas Laranjeiras, ficando empatado com o Botafogo, mas tendo maior saldo de gols: 10 a 5.

Time-base 1906: Walter, Victor Etchegaray e Salmond; Buchan, Gulden e Clyto Portella; Osvaldo Gomes, Horácio, Edwin Cox, Emile Etchegaray e Frias.

Time-base 1907: Waterman, Victor Etchegaray e Salmond; Buchan, Gulden e Leal; Osvaldo Gomes, Edwin Cox, Reidy, Emile Etchegaray e Frias.

Curiosidades:

O primeiro jogo da história do Carioca foi nas Laranjeiras e teve um placar emblemático: 7 a 1 para o Fluminense em cima do Paysandu em um domingo de sol no dia 3 de maio de 1906;

No primeiro ano, as escalações eram entregues até a quinta-feira anterior aos jogos;

Presidente do Fluminense na época, Francis Henry Walter foi a campo em seis jogos do Carioca de 1906 como goleiro. O fundador do clube, Oscar Cox, também atuou em duas partidas daquela campanha no meio de campo;

Francis Henry Walter, segundo presidente do Fluminense

Flu-Memória

O Carioca de 1907 foi todo disputado nas Laranjeiras. Paysandu e AA Internacional não tinham campo, e o Botafogo ainda construía o seu;

O título tricolor de 1907 não foi oficializado na época por causa de um imbróglio envolvendo o Botafogo, que também terminou com 10 pontos, e a LMSA, que não fez valer da resolução do desempate porque ela não teria sido aprovada por unanimidade antes do campeonato. Além disso, o Alvinegro reclamou que em seu último jogo teria a chance de tirar a diferença no saldo contra o AA Internacional, que não compareceu e perdeu por W.O (a equipe também havia perdido para o Flu da mesma forma, só que por estar suspensa pela Liga). A cidade ficou sem campeão, em um impasse que levou ao fim da LMSA e à extinção do AA Internacional. Depois de 89 anos, com direito a batalhas nos tribunais entre Fluminense e Botafogo, em 1996 a Ferj declarou os dois como legítimos campeões. Insatisfeitos, ambos recorreram ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas a decisão de dividir o título foi ratifica;

O Fluminense nos anos seguintes foi campeão novamente e conquistou o seu primeiro tri, em 1908, e o primeiro tetra, em 1909.

1917-1918

O segundo bi tricolor começa a ser construído 10 anos depois do primeiro. O Carioca em 1917 já tinha 10 clubes e era disputado em dois turnos de pontos corridos. O Fluminense obteve 14 vitórias, dois empates e duas derrotas e foi campeão ao golear o Andaraí por 7 a 2 no campo da Rua Prefeito Serzedelo, no Andaraí. Era o último jogo do Tricolor, que chegava a 30 pontos e não podia mais ser alcançado pelo vice-campeão América, que ainda teria duas partidas atrasadas para disputar em janeiro de 1918.

Imprensa destaca o bicampeonato carioca do Fluminense em 1918

Reprodução / O Paiz

No ano seguinte, o formato do campeonato foi o mesmo: 10 clubes em dois turnos de pontos corridos. E o Fluminense fez uma campanha parecida com a anterior: foram 13 vitórias, três empates e duas derrotas. O Tricolor foi campeão na penúltima rodada, ao vencer o Mangueira por 2 a 0 no estádio da Rua Paysandu, e chegou a 29 pontos, não podendo mais ser alcançado na tabela. Na última rodada, nem entrou em campo e perdeu do Carioca por W.O. em meio à pandemia da gripe espanhola no Brasil.

Time-base 1917: Marcos de Mendonça, Vidal e Chico Netto; Lais, Osvaldo Gomes e Fortes; Zezé, Couto, Celso, Moraes e Bernardez.

Time-base 1918: Marcos de Mendonça, Vidal e Chico Netto; Lais, Osvaldo Gomes e Fortes; Zezé, Mano, Welfare, French e Machado.

Curiosidades:

Foram os primeiros títulos do atacante inglês Welfare, até hoje o maior artilheiro estrangeiro do clube com 161 gols entre 1913 e 1924 (ele fez 27 gols nas duas campanhas, sendo o maior goleador do time);

Welfare, maior artilheiro estrangeiro da história do Fluminense

Flu-Memória

O goleiro tricolor Marcos Carneiro de Mendonça começou a se destacar numa época em que a posição era destinada aos "menos habilidosos" em campo;

Em 1917, a companhia telefônica chegou a instalar dois aparelhos na sede do América, em Campos Sales, no jogo contra o Fluminense no dia 14 de julho, com objetivo de torcedores saberem o andamento das partidas (não havia transmissões por rádio ainda);

Foi um campeonato prejudicado pela pandemia da gripe espanhola, que matou milhares de pessoas no país, inclusive o então presidente da República, Rodrigues Alves, e paralisou o torneio por 56 dias. Outra vítima da doença foi o meia inglês French, destaque do Fluminense que morreu na reta final do Carioca de 1918;

Time do Fluminense bicampeão carioca em 1918

Flu-Memória

O Fluminense no ano seguinte foi campeão novamente e conquistou o seu segundo tri em 1919.

1936-1937

O terceiro bi demorou quase 20 anos e começou a ser conquistado em 1936. Naquele ano, seis clubes disputaram o Carioca no sistema de pontos corridos, só que em três turnos. Em caso de empate, o regulamento previa uma melhor de três partidas entre os time de melhor campanha, e foi o que aconteceu. O Fluminense teve 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas e somou 23 pontos, mesma pontuação do Flamengo. No desempate, empatou a primeira por 2 a 2, venceu a segunda por 4 a 1 e conquistou o título ao empatar a terceira em 1 a 1 nas Laranjeiras. O Tricolor ainda teve o seu atacante Hércules como artilheiro com 22 gols.

Imprensa destaca o bicampeonato carioca do Fluminense em 1937

Reprodução / Jornal dos Sports

No ano seguinte, o campeonato dobrou de tamanho: foram 12 clubes em sistema de pontos corridos em dois turnos. O Fluminense, com uma campanha de 17 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, não deu chance aos rivais e foi campeão na penúltima rodada, ao golear o Olaria por 7 a 1 no estádio da Rua Figueira de Mello, em São Cristóvão. O Tricolor chegou a 37 pontos com o resultado e não poderia mais ser alcançado pelo Flamengo.

Time-base 1936: Batatais, Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Lara, Raul, Romeu e Hércules.

Time-base 1937: Batatais, Moisés e Machado; Santamaria, Brant e Orozimbo; Sobral, Sandro, Tim, Romeu e Hércules.

Curiosidades:

O Carioca de 1936 foi o último ano da cisão no futebol carioca, que perdurava desde 1933 entre a Liga Carioca de Futebol (LCF) e a Federação Metropolitana de Desportos (FMD), onde estavam times como Botafogo, Vasco, Madureira, Bangu, Olaria... Com a união em 1937, foi criada a Liga de Futebol do Rio de Janeiro (LFRJ);

O Fluminense na época importou alguns dos principais craques da seleção paulista, como Batatais, Orozimbo, Romeu e Hércules, que fez 44 gols nas duas campanhas – ao todo, o atacante marcou 165 vezes em 176 jogos;

Outro destaque do time era o meia Romeu Pelicciari, filho de italianos. Jogadores da época contavam que ele gostava de massas e vinhos e era vigiado de perto pelo técnico uruguaio Carlos Carlomagno para não abusar;

A temporada de 1936 detém o recordes de Fla-Flus em um ano: foram 10 ao todo, entre jogos oficiais e amistosos;

Jogadores do Fluminense tricampeões cariocas em 1936, 1937 e 1938

Flu-Memória

O Fluminense no ano seguinte foi campeão novamente e conquistou o seu terceiro tri em 1938.

1940-1941

O quarto bi surgiu só quatro anos depois. Começou em 1940, num torneio de nove clubes competindo em três turnos de pontos corridos. O Fluminense somou 17 vitórias, quatro empates e três derrotas e sagrou-se campeão na última rodada num jogão. O Flamengo já havia encerrado sua participação e estava um ponto à frente do Tricolor, que iria jogar fora de casa contra o São Cristóvão, que por sua vez teria recebido a famosa "mala branca" como incentivo. No estádio da Rua Figueira de Mello, o Flu saiu na frente, mas tomou o empate; abriu 2 a 1 e perdeu novamente a vantagem; fez 3 a 2, porém, viu o adversário igualar outra vez... Até que na reta final marcou o quarto e o quinto para garantir a vitória por 5 a 3 que o levou aos 38 pontos. "No campo enlameado da Rua Figueira de Mello desenrolou-se uma das lutas mais titânicas da temporada", descreveu o jornal "A Noite" do dia 23 de dezembro.

Imprensa destaca o bicampeonato carioca do Flu em 1941

Reprodução / O Globo Sportivo

No ano seguinte, a fórmula do Carioca já foi totalmente diferente: 10 clubes começavam o campeonato disputando dois turnos de pontos corridos, e os seis melhores se classificavam para mais dois turnos finais, também todos contra todos. O Flamengo foi melhor na primeira metade da competição, enquanto o Fluminense foi superior na segunda. Em uma disputa acirrada, o Tricolor chegou à última rodada com um ponto a mais que o rival (44 a 43), e quis o destino que o jogo derradeiro da tabela fosse um Fla-Flu na Gávea. O time abriu 2 a 0, tomou o empate, mas segurou o placar que lhe garantiu o título com 45 pontos após 22 vitórias, um empate e cinco derrotas.

Time-base 1940: Batatais, Norival e Machado; Bioró, Spinelli e Malazzo; Adilson, Milani, Romeu, Tim e Carreiro.

Time-base 1941: Batatais, Norival e Renganeschi; Afonsinho, Spinelli e Malazzo; Pedro Amorim, Romeu (Russo), Rongo, Tim e Carreiro.

Curiosidades:

O Fluminense contratou o centroavante argentino Rongo do River Plate, e o reforço chegou para as últimas quatro rodadas do Carioca de 1940. Pouco tempo? Que nada! Ele fez cinco gols, dois deles no jogão do título contra o São Cristóvão. No Estadual de 1941, fez mais 26 gols;

Time do Fluminense bicampeão carioca em 1941

Flu-Memória

Na "final" do Carioca de 1941, o herói tricolor foi um veterano: o meia Brant, que tinha 35 anos na ocasião. É a mesma idade que Cano vive seu auge nos dias de hoje por exemplo, mas na época o preparo físico era bem menos eficaz, tanto que as carreiras eram mais curtas. Mesmo assim ele foi o maestro do time, que abriu 2 a 0, e só cedeu o empate depois que ele cansou;

Em 1941 foi quando o Decreto-Lei 3.199 do Governo Getúlio Vargas estabeleceu as bases de organização do futebol no país, e a Federação Metropolitana de Football (FMF) passou a adotar as regras da Fifa, com dois tempos de 45 minutos (até então, eram dois tempos de 40 minutos).

1975-1976

O jejum do quarto para o quinto bi foi o maior de todos: foram longos 35 anos até a famosa "Máquina Tricolor" quebrar o tabu. Tudo começou no Carioca de 1975, formado por 12 clubes em dois turnos de pontos corridos, sendo que os oito melhores se classificavam para um terceiro turno, também todos contra todos. O Fluminense ganhou o primeiro, equivalente à Taça Guanabara, e decidiu o título em um triangular com Botafogo e Vasco, ganhadores dos outros dois. O Tricolor, que tinha goleado os vascaínos por 4 a 1, perdeu dos botafoguenses por 1 a 0, ambos no Maracanã, e terminou empatado com o Alvinegro com quatro pontos, mas o Flu teve maior saldo de gols no triangular final (3 a -1) e foi o campeão após uma campanha de 20 vitórias, seis empates e seis derrotas.

Imprensa destaca bicampeonato carioca do Fluminense em 1976

Reprodução / Jornal dos Sports

No ano seguinte, o Carioca adotou uma nova fórmula: com 15 clubes em um turno de pontos corridos, e os oito melhores avançando para mais dois turnos (do 2º para o 3º turno, o pior time era rebaixado e dava lugar a outro que tivesse melhor campanha no "Grupo dos Perdedores", formado pelos eliminados da 1ª fase. O Fluminense ganhou o terceiro turno e se classificou para o turno decisivo de quatro clubes, ao lado de Vasco, Botafogo e América. Tricolores e vascaínos terminaram empatados e fizeram um jogo extra no Maracanã vencido pelo Flu por 1 a 0 na prorrogação, coroando a campanha com 23 vitórias, sete empates e só duas derrotas. E que ainda teve o artilheiro: Doval, com 20 gols.

Time-base 1975: Félix, Toninho, Silveira, Assis e Marco Antônio; Zé Mário, Cléber e Rivellino; Gil, Manfrini e Zé Roberto (Mário Sérgio).

Time-base 1976: Renato, Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto; Pintinho, Paulo César Caju e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu.

Curiosidades:

Foi o primeiro bicampeonato tricolor conquistado no Maracanã, sua atual casa;

Em 1975 foi o ano em que a "Máquina Tricolor" começou a ser montada. Francisco Horta tinha acabado de ser eleito presidente do Fluminense com um projeto ambicioso de criar um supertime nas Laranjeiras e contratou: Zé Mário, Mário Sérgio, PC Caju e Rivellino, que era um dos principais jogadores do país. Nos anos da "Máquina", o clube chegou a ter 16 jogadores convocados para a Seleção;

Rivellino virou ídolo no Fluminense

Reprodução

De 75 para 76, o time foi desfeito e refeito quase que por inteiro, no famoso troca-troca do Horta: deu Manfrini, Miranda e Mário Sérgio ao Botafogo em troca do meia Dirceu; deu Roberto, Toninho e Zé Roberto ao Flamengo e pegou o goleiro Renato, o lateral-esquerdo Rodrigues Neto e o atacante Doval; e deu Abel, Marco Antônio e Zé Mário ao Vasco, pelo zagueiro Miguel;

Um trecho da crônica do tricolor Nelson Rodrigues no jornal "O Globo" após o bi: "O presidente Horta, desafiando irritações homicidas, despeitos possessos, fez um supertime. Custou coragem, lúcida coragem. E, além de coragem, custou dinheiro. E tudo para quê? Para que se disputasse a vitória nos pênaltis? E de repente, não mais que de repente, como diz o poeta, saiu o gol tão sonhado, tão desejado. Foi uma cabeçada de Doval, maravilhosa cabeçada. Isso depois de 118 minutos de uma espera trágica. (...) Por fim, eis o que eu ia contar - tínhamos combinado, eu e o Albino Castro Filho, que abriríamos champagne francesa para celebrar a vitória. E foi o que fizemos: - eu tricolor de seis mil anos e ele rubro-negro de outros seis mil anos. E dissemos um ao outro: - 'Se o Horta não ganha essa, estaria crucificado'";

Por falar no Horta, ele declarou aos jornais após o título de 76 que tentaria contratar o craque holandês Johan Cruyff (na época jogador do Barcelona, da Espanha) para buscar o tri;

Horta declarou que ia atrás do craque holandês Johan Cruyff em 1976

Reprodução / O Globo

O Carioca de 1976 foi o primeiro a ter times do interior do Rio de Janeiro desde a fusão com a Guanabara (entraram na disputa Volta Redonda, Americano e Goytacaz), criando a atual Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro);

O campeonato de 1976 é também o de maior público da história do Carioca, com um total de mais de 3 milhões (3.070.016) de torcedores nos estádios (o Maracanã na época, por exemplo, cabia mais de 170 mil pessoas);

1976 foi também o ano em que o Congresso regulamentou a profissão de jogador de futebol no Brasil.

1983-1984

O sexto e último bi (até agora) aconteceu menos de 10 anos depois. Ele começou no Carioca de 1983, que teve 12 clubes em disputa em dois turnos de pontos corridos. O Fluminense ganhou o primeiro, equivalente à Taça Guanabara, e se classificou para o triangular decisivo com o Flamengo, que ganhou a Taça Rio, e o Bangu, que fez a melhor campanha geral. Na fase final, o Tricolor empatou com o time da Zona Oeste e venceu o Rubro-Negro por 1 a 0, ambos no Maracanã, mas o título só foi confirmado com a ajuda do rival, que no último jogo derrotou o Bangu por 2 a 0. O Flu terminou campeão após 13 vitórias, seis empates e cinco derrotas.

Em 1984, Fluminense vence Flamengo e conquista o Campeonato Carioca

No ano seguinte, o Carioca teve a mesma fórmula: 12 clubes se enfrentando em dois turnos de pontos corridos. O Fluminense não ganhou nenhum deles, mas somou o maior número de pontos no geral (33, ao lado do Flamengo) e se classificou para o triangular decisivo com o Rubro-Negro, ganhador da Taça Guanabara, e Vasco, vencedor da Taça Rio. Na fase final, realizada no Maracanã, o Tricolor fez 2 a 0 nos vascaínos e faturou o título ao ganhar o Fla-Flu por 1 a 0, com um roteiro que parecia replay: gol do carrasco Assis no fim e na mesma baliza do ano anterior. A campanha do Flu teve 16 vitórias, cinco empates e três derrotas.

Time-base 1983: Paulo Vítor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Assis; Leomir (Ronaldo), Washington e Paulinho.

Time-base 1984: Paulo Vítor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes (Vica) e Branco; Jandir, Leomir (Renê) e Assis; Romerito, Washington e Tato.

Curiosidades:

Diferentemente dos anos anteriores da "Máquina Tricolor", dessa vez era um time formado pela maioria de jovens sem fama que vieram do Sul do país: Duílio e Leomir (Coritiba), Assis e Washington (Athletico-PR), e Branco, Tato e Jandir (Inter);

Em 1983, o time tinha acabado de terminar o Brasileiro em 18º lugar e entrou como azarão no Carioca. No ano seguinte, voltava a ser favorito após manter a base e conquistar o Brasileirão;

No Carioca de 1983 foi a primeira vez na história que um time foi campeão após encerrar sua participação no torneio. Se o Bangu tivesse vencido o Flamengo, forçaria um jogo extra de desempate contra o Flu, mas perdeu para um já eliminado Rubro-Negro. O título foi comemorado não em campo, mas nas tribunas do Maracanã, onde estavam os jogadores, técnico e dirigentes. Vários torcedores também foram ao estádio "secar" e festejaram;

Imprensa destaca bicampeonato carioca do Fluminense em 1984

Reprodução / O Globo

Em 1984, o Fluminense chegou ao Carioca reforçado do atacante paraguaio Romerito, que fez 11 gols em 23 jogos e foi o vice-artilheiro daquele Carioca, só um gol a menos que Baltazar (Botafogo) e Cláudio Adão (Bangu);

Polêmica política: tricolores foram a Brasília presentear o presidente da República, João Batista Figueiredo, com uma faixa de campeão nacional, mas cinco jogadores fizeram uma visita a Paulo Maluf, candidato do PDS à sucessão de Figueiredo. O fato ganhou amplo destaque na imprensa, e o rival Flamengo se colocou a favor do outro candidato, Tancredo Neves, do PMDB. Tudo isso às vésperas da partida que decidiria a Taça Guanabara, vencida pelos rubro-negros. O técnico tricolor Luis Henrique, atribuiu a derrota ao episódio.

Mick Jagger estava no estádio! Ele mesmo, o famoso cantor inglês da banda "The Rolling Stones", mas que pegou fama de "pé frio" no futebol (para quem será que ele estava torcendo?);

Mick Jagger acompanha jogo do Brasil contra a Alemanha no fatídico 7 a 1

Getty Images

O Fluminense no ano seguinte foi campeão novamente e conquistou o seu quarto tri em 1985.

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