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Casas ficam quase cobertas pela água de rio e indígenas precisam se abrigar em barcos na TI Uru-Eu-Wau-Wau


Indígenas estão sem água potável, alimentação e abrigo. Defesa Civil informou que vai atender a comunidade na segunda-feira (27). Casas ficam quase submersas por água do rio Pacaás Novos em RO

Reprodução

Indígenas tiveram que se acomodar em barcos ou improvisar abrigos depois que o rio Pacaás Novos subiu e alagou pelo menos quatro aldeias da Terra Indígena (TI) Uru-Eu-Wau-Wau, na região de Guajará-Mirim (RO), a mais de 300 km de Porto Velho.

As aldeias Laranjal, São Luís, Cristo Reis e Pedreira foram as mais afetadas. Imagens registradas pelos moradores mostram algumas casas praticamente cobertas pela água. Plantações também foram afetadas.

Casas ficam quase submersas em comunidade indígena de Rondônia

De acordo com Geremias Oro Win, morador da aldeia Cristo Rei, o rio começou a subir na quinta-feira (23) e no dia seguinte, já tinha atingido as casas.

“Muitas famílias tiveram que mudar de lugar e outras se arrumaram dentro dos barcos e estão aqui passando os dias. O tempo está se formando outra vez, provavelmente vai vir mais chuva”, relata.

Em vídeos, ele mostra as plantações de macaxeira, banana e café afetadas pela água.

“A água chegou mesmo e ainda vai subir mais porque está subindo bastante a água. Aqui está dando no meio da canela. Esse é um dos roçados que já está indo pro fundo [da água]. Nós temos uma outra roça também de banana que já foi pro fundo. E elas não são próximas da beira do rio não, é bem longe”, narra.

Plantações são afetadas por alagamento em aldeias indígenas de Rondônia

Além dos prejuízos materiais, os indígenas que vivem nas comunidades afetadas sofrem com falta de água potável, já que a água do rio danificou o poço artesiano que eles utilizam. Alimentação e higiene também são necessidades críticas.

“A situação tá precária. A gente não tem onde pegar água, estamos pegando água do rio”, conta Geremias.

Indígenas ficam desabrigados após rio subir em RO

Reprodução

Espera por ajuda

A Defesa Civil Municipal informou ao g1 que foi acionada e deve se deslocar até as comunidades na segunda-feira (27). O trajeto da zona urbana de Guajará-Mirim até as comunidades dura, em média, 15 horas e só é possível por via fluvial.

“Estamos nos deslocando na segunda-feira para a região para tomar as medidas possíveis. A Defesa Civil Estadual vai encaminhar pra gente cesta básica, kit de higiene, kit de limpeza, água mineral e nós vamos”, comunicou o coordenador da Defesa Civil Municipal de Guajará-Mirim, Jovito Candury.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, o rio Pacaás Novos subiu cerca de três metros e ultrapassou 10 metros de nível, sendo que o seu nível “normal” é próximo aos 9 metros.

O g1 também entrou em contato com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) questionando quais medidas foram ou serão adotadas para auxiliar os indígenas afetados, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

TI Uru-Eu-Wau-Wau

A Terra Indígena Uru-eu-wau-wau possui mais de 1,8 mil hectares e se espalha por 12 municípios rondonienses. A maior parte do território fica em Guajará-Mirim (RO) e São Miguel do Guaporé (RO).

Povos de nove etnias vivem na TI, entre eles, diversos indígenas isolados. São eles:

Amondawa

Isolados Bananeira

Isolados do Cautário

Isolados no Igarapé Oriente

Isolados no Igarapé Tiradentes

Juma

Kawahiva Isolado do Rio Muqui

Oro Win

Uru-Eu-Wau-Wau

G1 RO

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